JBS retoma abates com redução de 35% da capacidade de produção

A JBS retomou na manhã de hoje a produção de carne bovina nas 33 unidades do país onde o abate havia sido suspenso por três dias na semana passada. Esses frigoríficos e outros três da empresa, que estavam com atividade normal, agora trabalham com redução de 35% da capacidade produtiva.

A informação é da assessoria de imprensa do grupo, que afirma que a situação pode mudar: “a JBS está avaliando a retomada de sua capacidade produtiva após o fim do bloqueio das importações por parte de China, Chile e Egito, mas continua aguardando a definição de importantes mercados exportadores como União Europeia e Hong Kong”.

A suspensão e a consequente redução da produção se devem à redução na exportação de carne brasileira, que despencou depois da Operação Carne Fraca. A ação da Polícia Federal (PF) apontou irregularidades em frigoríficos pelo país. No ano passado, 40% da receita da JBS Mercosul, unidade do grupo que produz carne bovina, veio de exportações, o equivalente a R$ 11.5 bilhões.

A fábrica da Seara, do grupo JBS, em Lapa (PR), é uma das investigadas na operação. A Polícia Federal apura irregularidades no procedimento de certificação sanitária. Além da Seara, a JBS é responsável pela produção dos produtos da Friboi e Swift. O grupo informa que não compactua com desvios de conduta de seus funcionários e que tomará todas as medidas cabíveis.

Restrições à carne brasileira

O governo suíço ampliou a suspensão da importação de carne brasileira de quatro para 21 frigoríficos investigados. Além da Suíça, África do Sul, Japão, Arábia Saudita, Canadá, Emirados Árabes, Peru, Vietnã e a União Europeia também estão com restrições à importação.

Onze países suspenderam a compra de qualquer carne brasileira. China, Chile e Egito, que tinham banido toda carne brasileira, retomaram a importação no fim de semana, mas mantiveram o entrave às unidades que estão sendo investigadas. Estados Unidos, Malásia e Argentina ampliaram o controle sanitário. Outros três países – Rússia, Israel e Barbados – pediram explicações ao governo brasileiro.

 

Fonte: G1

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