Com ciclos climáticos bem diversos e a maioria das regiões apresentando condições muito boas, o plantio de soja atingiu 76,8% da área no Brasil, de acordo com levantamento da consultoria INTL FCStone. “Estamos falando de uma safra espalhada em um território de mais de 4 milhões de km². Identificamos ‘contratempos’ apenas no sul do Mato Grosso do Sul, onde o nível de chuvas segue abaixo do histórico e oeste da Bahia, com atraso acima do normal no início das precipitações”, disse o diretor de Inteligência de Mercado do grupo, Thadeu Silva. É importante ressaltar que estes contratempos, em ambos os casos, não representam riscos de perdas de produtividade irreversíveis.
Destaca-se que as próximas semanas têm previsão de chuvas na maior parte da área, dando condição para Matopiba (região compreendida pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e Minas Gerais avançarem no plantio. “O Rio Grande do Sul, que também tem bastante área a plantar, deve apresentar clima mais seco, mas, como tem bom nível acumulado no solo, deve registrar grande avanço na semeadura”, disse o diretor Silva. De Campo Grande ao Rio Grande do Sul há riscos de veranicos ao longo de dezembro e janeiro – possíveis efeitos do La Niña.
Já no Centro Oeste, sobretudo em Mato Grosso, cada vez mais a preocupação deixa de ser estiagens e passa para a possibilidade de chuvas excessivas em janeiro e fevereiro durante a colheita. O relatório da INTL FCStone indica ainda que no Matopiba existe risco de estiagem entre janeiro e fevereiro e, segundo o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, essa condição apresenta risco, mas com aspectos bem melhores que no ano passado.
Fonte: INTL FCStone