Indicadores Cepea: milho, soja, mandioca e mamão

Milho: com maior disponibilidade, preço cai em São Paulo; outras regiões têm alta

Os preços do milho têm apresentado comportamentos divergentes entre as regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O avanço da colheita em São Paulo elevou a oferta e pressionou as cotações nas praças paulistas, enquanto que o recuo de vendedores tem sustentado os preços em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Paraná. Em Campinas (SP), o Indicador Esalq/BM&FBovespa fechou a R$ 26,94/saca de 60 quilos na sexta-feira (25/8), em expressiva queda de 3,6% em relação ao dia 18.

 

Soja: valorização do óleo impulsiona preços da soja em grão

Os preços da soja estão em alta, tanto no mercado doméstico quanto no internacional. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário está atrelado às valorizações do óleo de soja na Bolsa de Chicago, que, por sua vez, refletem a possibilidade da imposição de tarifas de importação por parte dos Estados Unidos sobre o biodiesel da Argentina e da Indonésia. Isso poderia favorecer a produção de biodiesel dentro dos EUA e, consequentemente, elevar a demanda por óleo de soja. Mesmo assim, segundo colaboradores do Cepea, a receita obtida pelas indústrias nacionais com o esmagamento da oleaginosa continua apertada (ou até mesmo negativa).

 

Mandioca: maior oferta e demanda enfraquecida pressionam preços

A interrupção das chuvas na última semana permitiu a retomada das atividades de campo em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo colaboradores, a maior parte dos produtores priorizou a colheita, devido aos bons patamares dos preços pagos pela raiz e à necessidade de caixa e de liberação de áreas, cenário que elevou a oferta às indústrias.

A demanda por derivados, por sua vez, esteve enfraquecida, levando a indústria a aumentar a pressão sobre as cotações da matéria-prima. Assim, o preço médio semanal a prazo para a tonelada da mandioca posta fecularia foi de R$ 494,31 (R$ 0,8597 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg) entre 21 e 25 de agosto, com queda de 5,4% em relação à média do período anterior.

 

Mamão: formosa se valoriza 40% no oeste da Bahia

Os preços do mamão voltaram a subir, impulsionados pela redução da oferta nas regiões produtoras. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, esse cenário está atrelado às temperaturas, que atrasaram a maturação da fruta e retardaram a finalização dos cachos.

Entre 21 e 25 de agosto, a variedade de mamão mais valorizada foi a formosa, que teve média de R$ 0,73/kg no oeste da Bahia, com alta de 40% em relação à da semana anterior. No atacado, as cotações da variedade aumentaram 45% na mesma comparação. Para o Havaí, contudo, as altas foram limitadas pelas baixas temperaturas, principalmente na cidade de São Paulo.

 

Fonte: Cepea/Esalq

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