Citros: cotações de tahiti aumentam em São Paulo
O baixo volume de lima ácida tahiti pronta para a colheita tem mantido os preços em bons patamares no mercado de mesa paulista. Além disso, o período de início de mês (quando as vendas aumentam) e o clima mais firme favoreceram a demanda interna e, por consequência, elevaram as cotações da fruta na roça.
Em relação às exportações, os embarques estiveram em ritmo ainda mais lento nos últimos dias, conforme colaboradores do Hortifruti/Cepea. Algumas negociações, inclusive, foram efetivadas a valores inferiores aos praticados no mercado interno. Assim, nesta semana (4 a 8/9), o preço médio da tahiti paulista é de R$ 43,30/caixa de 27 kg, colhida, com alta de 33% em relação ao da semana passada.
No caso da laranja de mesa, a elevada oferta de pera em São Paulo continua dificultando o escoamento da variedade. O período de início de mês, por outro lado, beneficiou as vendas (ainda que pontualmente).
A expectativa de colaboradores do Hortifruti/Cepea é de que a demanda doméstica por laranja aumente em setembro, fundamentada no clima mais quente. Nesta semana, a pera registra média de R$ 16,65/caixa de 40,8 kg, na árvore, com alta de 2,5% em relação ao período anterior. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br
Frango: maior liquidez interna e exportações impulsionam preços da carne
Os preços da carne de frango subiram nesses primeiros dias de setembro, após cinco meses consecutivos de queda. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário está atrelado ao maior ritmo de comercialização no mercado interno e aos bons resultados das exportações em agosto.
As vendas atingiram recorde para o mês em toda a série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), de 382.700 toneladas, com alta de 8% em relação a julho e de 16,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
Entre 30 de agosto e 6 de setembro, o frango inteiro congelado se valorizou 4,9% no atacado da Grande São Paulo, fechando a R$ 3,44/kg na quarta-feira (6/9). O preço do resfriado, por sua vez, subiu 2,2% no período, para R$ 3,46/kg no dia 6.
Boi: valorização anima pecuaristas para segundo giro de confinamento
As recentes altas nos preços do boi gordo têm animado pecuaristas para o segundo giro de confinamento, a ponto de buscarem boi magro no Estado do Pará para engorda em São Paulo, segundo colaboradores do Cepea.
Até meados de julho, terminadores estavam desanimados, o que reduziu o número de animais confinados no primeiro giro para patamares bem abaixo do esperado.
No mercado de boi gordo, a oferta ainda restrita de animais e o recuo vendedor dificultam a compra de novos lotes por parte de frigoríficos, mesmo quando o preço ofertado é maior. Assim, o Indicador Esalq/BM&FBovespa registrou aumento de 1,1% entre 30 de agosto e 6 de setembro, fechando a R$ 144,82 na quarta-feira (6/9), valor à vista e livre de Funrural.
Suínos: exportação atinge recorde em agosto, mas preço interno cai
As exportações brasileiras de carne suína atingiram os maiores patamares do ano em agosto, totalizando 58.900 toneladas, volume 20,9% maior que o de julho e 2,4% acima do de agosto de 2016.
Segundo pesquisadores do Cepea, o aumento dos embarques pode estar atrelado ao ganho de competitividade da carne suína brasileira no mercado externo, que teve preço médio de US$ 2,43/kg no mês passado, 3,6% menor que o de julho.
Mesmo assim, os preços internos seguem em queda na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, refletindo a demanda enfraquecida. No sudoeste paranaense, o preço do animal vivo registrou baixa de 3% entre 30 de agosto e 6 de setembro, com média de R$ 3,75/kg na quarta-feira (6/9).
Fonte: Cepea/Esalq