Indicadores Cepea: batata, trigo, açúcar, etanol, uva e manga

Batata: com redução da oferta, preços mais que dobram

Os preços da batata subiram 101,3% entre os dias 2 e 6 de outubro em relação a semana anterior, fechando com média de R$ 65,03/saca de 50 kg. As cotações chegaram a atingir R$ 87,96/saca na terça-feira, 3 de outubro, devido à redução da oferta, já que muitas regiões interromperam a colheita por conta das chuvas no início do período.

Além disso, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, a proximidade do final da safra em Vargem Grande do Sul (SP) e a desaceleração das atividades em Cristalina (GO) também têm diminuído a disponibilidade dos tubérculos.

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Trigo: comprador se afasta do mercado e trava negociações

As negociações estão praticamente paralisadas no mercado de trigo, apesar do período de safra. Segundo colaboradores do Cepea, produtores seguem retraídos, já que os preços recebidos pelo grão estão abaixo do mínimo estabelecido pelo governo, de R$ 38,65/saca de 60 kg para o Sul; R$ 42,53/saca para o Sudeste, e de R$ 44,26/saca para Centro-Oeste e Bahia.

Além disso, moinhos seguem cautelosos quanto a novas aquisições, devido à baixa qualidade do cereal colhido. Quanto aos preços, as oscilações do dólar em setembro fizeram com que demandantes nacionais ainda se voltassem às compras do trigo importado. Nesse cenário, as cotações seguem em queda no mercado interno.

 

Açúcar: chuvas paralisam atividades no campo e preços iniciam mês em alta

Os preços do açúcar cristal negociado no mercado spot paulista retornaram à casa dos R$ 53,00/saca de 50 kg na primeira semana de outubro. Segundo colaboradores do Cepea, as chuvas nas regiões canavieiras do estado de São Paulo fortaleceram a postura de usineiros, que já vinham subindo os valores pedidos, o clima chuvoso costuma paralisar a colheita da cana-de-açúcar e o carregamento até as unidades de processamento.

De 2 a 9 de outubro, o Indicador Cepea/Esalq do açúcar cristal, cor Icumsa entre 130 e 180, registrou alta de 0,66%, fechando a R$ 53,13/saca de 50 kg nessa segunda-feira, 9 de outubro.

 

Etanol: volume negociado aumenta 87% em relação ao mesmo período de 2016

O volume de etanol hidratado negociado no mercado paulista entre 2 e 6 de outubro foi o maior de toda a safra 2017/18, com aumento de expressivos 75% em relação a semana anterior e de fortes 87% na comparação com o mesmo período de 2016, segundo dados do Cepea. O maior volume negociado segue atrelado à demanda aquecida nas bombas dos principais estados produtores de cana-de-açúcar do Brasil: São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul. Nos postos de combustíveis, a paridade entre o preço do etanol hidratado e o da gasolina C tem sido favorável ao biocombustível há 22 semanas em SP, com percentual médio de 67,9%, segundo a ANP.

Entre 2 e 6 de outubro, o Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado fechou com média de R$ 1,5018/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), aumento de 2,88% em relação à semana anterior e a terceira consecutiva de alta nos preços. No caso do etanol anidro, o Indicador Cepea/Esalq foi de R$ 1,6059/litro (sem PIS/Cofins), alta de 1,47%. Segundo colaboradores do Cepea, além do aquecimento da demanda, as chuvas no fim de semana, que interromperam os trabalhos de campo, reforçaram a postura de agentes de usinas, que já vinham elevando as cotações.

 

Uva: cotações da Red Globe podem reagir

Os preços da uva Red Globe devem aumentar este mês devido à diminuição da oferta no Vale do São Francisco (PE/BA), a maioria dos produtores se programa para colher a variedade entre julho e setembro.

Em agosto e setembro, por outro lado, as cotações da Red Globe foram pressionadas, mesmo com o bom volume exportado nesses meses, especialmente para a Argentina. Assim, o preço médio da variedade embalada no mercado doméstico entre julho e setembro/17 foi de R$ 6,09/kg no Vale, 14,8% inferior ao dos mesmos meses de 2016.

Em julho, período de início da colheita, as cotações normalmente são superiores às dos meses seguintes, devido à baixa oferta. Porém, neste ano, por conta do atraso de maturação de alguns lotes, um maior volume da fruta foi negociado mais tardiamente, pressionando as cotações.

Mesmo com a redução da oferta da uva, se espera que comecem a chegar ao Brasil os lotes de Red Globe do exterior, principalmente vindos da Itália, Espanha e Peru, situação que pode limitar a valorização.

As exportações de uvas frescas para a Argentina, por sua vez, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), somaram 1.400 toneladas de julho a setembro, volume 202% superior em relação aos mesmos períodos de 2016. É importante ressaltar que o calendário de exportação da Red Globe é iniciado em momento anterior ao das variedades sem sementes.

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Manga: vale do São Francisco segue como principal região produtora do Brasil

O Vale do São Francisco continua sendo a principal região produtora de manga a nível nacional, com Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) sendo os principais municípios que sustentam esta posição.

No último mês, a Pesquisa Nacional Agrícola dos Municípios (PAM), do IBGE, animou ainda mais mangicultores da região, sobretudo os de Juazeiro, já que a cidade passou da quarta para a segunda posição no ranking nacional de produção de manga de 2015 para 2016. Em 2015, vale ressaltar, a cidade ainda produzia menos que Livramento de Nossa Senhora e Dom Basílio (ambas cidades da Bahia). Com este ganho de produção, o Vale (Petrolina e Juazeiro) passou a ser responsável por quase 30% da produção nacional.

Segundo o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Agricultura e Pecuária de Juazeiro, Tiano Felix, as estatísticas positivas são resultado do maior investimento no setor nos últimos anos. Projetos de incentivo à agricultura irrigada, assistência técnica e promoção de eventos para exposição e divulgação de tecnologias para o desenvolvimento da mangicultura, são exemplos de iniciativas para o aperfeiçoamento da fruticultura local.

Segundo agentes consultados pelo Hortifruti/Cepea, a expansão da produtividade e área plantada da fruta recebem influência das exportações, já que os destinos como Estados Unidos e Europa têm garantido bom retorno. Além disso, a rentabilidade na parcial deste ano (janeiro a setembro) é positiva na região do Vale do São Francisco (preços 161% acima dos custos médios para a variedade Tommy e 202% superiores para a Palmer).

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Fonte: Cepea

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