Indicadores Cepea: açúcar, etanol e trigo

Açúcar: forte alta do dólar inverte cenário de quedas

A elevação expressiva do dólar impulsionou as cotações do açúcar cristal no mercado spot do estado de São Paulo no final de agosto, segundo dados do Cepea. A valorização da moeda norte-americana fortalece a postura das usinas nas negociações domésticas, tendo em vista que aproximadamente 60% da produção nacional é exportada. Vale lembrar que os preços registraram o menor patamar das últimas 10 safras no final da primeira quinzena de agosto. A média da última semana do mês (de 27 a 31 de agosto) do Indicador Cepea/Esalq (cor Icumsa de 130 até 180, mercado paulista) foi de R$ 54,31/saca de 50 kg, 6,11% superior à anterior (R$ 51,19/saca de 50 kg).

 

Etanol: preço do hidratado tem maior alta da safra 2018/19

As cotações dos etanóis anidro e hidratado subiram com força no mercado paulista. Segundo informações do Cepea, especificamente para o hidratado, a elevação da semana passada foi a mais acentuada da temporada 2018/19. Entre 27 e 31 de agosto, o Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado (estado de São Paulo) fechou a R$ 1,5897/litro, forte aumento de 9,09% frente ao período anterior. Para o anidro, o Indicador Cepea/Esalq foi de R$ 1,6885/litro, elevação de 6,83% na mesma comparação. Representantes de usinas paulistas, mesmo no período de final de mês, quando a necessidade de “fazer caixa” é maior, não cederam nos preços. A demanda, por sua vez, se manteve bastante aquecida, cenário que impulsionou os valores do etanol.

 

Trigo: preços têm movimentos distintos dentre regiões

As cotações do trigo registraram comportamentos diferentes dentre as praças acompanhadas pelo Cepea no mês passado. Por um lado, os aumentos externos e a valorização do dólar tendem a elevar os valores internos, e por outro, estimativas apontando uma possível maior safra brasileira frente ao ano passado podem pressionar os preços.

No acumulado de agosto (entre 31 de julho e 31 de agosto), os preços aos produtores subiram 2,5% no Rio Grande do Sul, mas recuaram 4,1% no Paraná. Quanto ao mercado de lotes (negociações entre empresas), os valores subiram 1,2% no Rio Grande do Sul e 2,4% Santa Catarina, mas registraram queda de 0,6% no Paraná.

 

Fonte: Cepea

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