IGC estima colheita global de grãos em 2020/21 de 2.226 bilhões de toneladas

O Conselho Internacional de Grãos (IGC), com sede em Londres, ajustou a sua estimativa da produção mundial de grãos na safra 2020/21 para 2.226 bilhões de toneladas. O volume é levemente inferior ao estimado em setembro (2.227 bilhões de toneladas) e, se confirmado, representará um aumento de 1,90% em relação ao total de 2019/20 e será um novo recorde histórico.

Segundo os novos números da entidade, o consumo global chegará a 2.223 bilhões de toneladas, três milhões a mais que o estimado em setembro e com aumento de 1,30% em relação a 2019/20. Os estoques de passagem foram estimados em 619 milhões de toneladas contra as 629 milhões de toneladas previstas no mês passado e as 616 milhões de toneladas do ciclo anterior.

O quadro da entidade agora indica que o comércio de grãos movimentará 403 milhões de toneladas em 2020/21, mais do que o estimado em setembro (398 milhões de toneladas) e do que o projetado para 2019/20 (394 milhões de toneladas).

Milho e trigo

Para o milho, o IGC reduziu sua projeção da produção em 2020/21 para 1.156 bilhão de toneladas contra 1.124 bilhão de toneladas em 2019/20, ajustou para baixo o cenário para o consumo (1.173 bilhão de toneladas contra 1.154 bilhão de toneladas em 2019/20), reduziu a estimativa para os estoques (279 milhões de toneladas contra 296 milhões de toneladas em 2019/20), e voltou a aumentar a estimativa para o comércio (180 milhões de toneladas contra 173 milhões de toneladas em 2019/20).

No quadro do trigo, a entidade elevou as estimativas para a produção (764 milhões de toneladas contra 763 milhões em 2019/20), para o consumo (751 milhões de toneladas contra 746 milhões de toneladas em 2019/20) e para o comércio (185 milhões de toneladas, mesmo patamar de 2019/20), e reduziu os estoques (291 milhões de toneladas contra 278 milhões de toneladas em 2019/20).

Soja e arroz

No cenário para a soja, o IGC reduziu a estimativa da produção mundial para 370 milhões de toneladas (acima das 338 milhões de toneladas em 2019/20, graças a avanços no Brasil e nos EUA, que puxam a colheita global), corrigiu para cima a estimativa para o consumo (370 milhões de toneladas contra 353 milhões de toneladas em 2019/20), diminuiu os estoques (46 milhões de toneladas contra 47 milhões de toneladas em 2019/20) e aumentou o comércio (167 milhões de toneladas contra 168 milhões de toneladas em 2019/20).

No caso do arroz, finalmente, a produção global em 2020/21 foi mantida em 504 milhões de toneladas contra 497 milhões de toneladas em 2019/20; o consumo foi elevado para 501 milhões de toneladas contra 497 milhões de toneladas em 2019/20, o estoque foi reduzido para 178 milhões de toneladas contra 175 milhões de toneladas em 2019/20, e o comércio foi mantido em 45 milhões de toneladas contra 42 milhões de toneladas em 2019/20.

O Brasil é o maior exportador de soja do mundo e um dos maiores no caso do milho. No mercado de trigo, é um grande importador e no de arroz o comércio exterior ainda é menos relevante, embora as exportações tenham aumentado este ano.

 

Fonte: Valor Econômico

Equipe SNA

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