A safra de café do Brasil neste ano, com a colheita praticamente encerrada, foi estimada nesta quinta-feira em 59.6 milhões de sacas de 60 kg, contra 59 milhões de sacas na estimativa anterior, e com uma produção recorde de grãos arábica, indicou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar da revisão, os números do IBGE ainda estão abaixo de projeções do mercado, como acontece historicamente para o café. Uma pesquisa da Reuters em agosto indicou uma safra histórica de 68 milhões de sacas para a temporada 2020/21.
Segundo a IBGE, a safra de café arábica deste ano foi estimada em 45 milhões de sacas, a maior da série histórica do instituto, o que influenciou na alta da produção total. Já a safra de café robusta foi estimada pelo IBGE em 14.6 milhões de sacas, praticamente estável em relação à projeção anterior.
Em relação a 2019, que foi um ano de baixa bianualidade do arábica, o instituto informou que a produção total de café do Brasil em 2020 cresceu 19,40%.
A projeção do IBGE, um dos órgãos do governo que realiza estimativas de safra, antecedeu uma pesquisa que deverá ser divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 22 de setembro.
Em função das ações de enfrentamento ao novo Coronavírus, a Conab informou que realizará apenas três levantamentos sobre a safra 2020 de café, ao invés das quatro atualizações feitas normalmente em cada ano.
Reuters