Grãos/FAO: produção na safra global 2017/18 deve aumentar 1,3%, para 2.646 bilhões de toneladas

A safra global de grãos 2017/18 deverá ser recorde em produção e estoques, estimou nesta quinta-feira a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês).

A entidade estima que a produção na temporada deverá aumentar 33 milhões de toneladas (1,3%) em relação à 2016/17, totalizando 2.646 bilhões de toneladas. Em relação à estimativa divulgada em fevereiro, a nova projeção é 3.5 milhões de toneladas maior.

Em relação aos grãos forrageiros, a estimativa da FAO para 2017/18 é de produção de 1.385 bilhão de toneladas – 2,5% (34 milhões de toneladas) maior na comparação com 2016/17.

A FAO aponta que a colheita da safra de 2017/18 está começando nos países do Hemisfério Sul, enquanto as plantações estão em andamento no Norte (2018/19).

Na América do Sul, a produção deverá cair em relação aos recordes de 2017, “em meio a um mau tempo na Argentina e uma mudança do cultivo de milho para a soja no Brasil”, ressalta.

Com relação a produção mundial de trigo, a expectativa é de queda por causa das condições climáticas menos favoráveis e preços mais baixos.

A FAO estima uma produção de 757.4 milhões de toneladas em 2017/18, em relação as 759.6 milhões de toneladas em 2016/17. A previsão da FAO para a produção mundial de arroz também foi elevada para um recorde de 503 milhões de toneladas, com melhores perspectivas para a safra secundária na Índia.

Demanda

A FAO também projetou que a utilização de grãos na safra 2017/18 deve crescer. No total, a demanda deve ficar em 2.612 bilhões de toneladas – 1,5% maior do que em 2016/17.

Segundo a FAO, o consumo global de trigo deve aumentar cerca de três milhões de toneladas, para 736.4 milhões de toneladas; o de grãos forrageiros deve crescer 2,3%, para 1.372 bilhão de toneladas; e o de arroz aumentar 1,1%, para 503 milhões de toneladas.

As reservas globais de grãos poderão aumentar 3,9% na safra 2017/18, para 748.2 milhões de toneladas (menos 25 milhões de toneladas em relação à previsão anterior). Com isso, a relação entre estoques e consumo devem ficar em 28% na temporada, acima da de 27,6% de 2016/17.

 

Fonte: Agência Estado

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp