Com a cotação inalterada desde o final de março, o frango é o único dos três animais vivos a registrar em agosto variação de preço igual a zero. Aliás, pelo quarto mês consecutivo, o que faz com que o desempenho dos oito primeiros meses de 2017 seja 8,34% inferior ao mesmo período do ano passado.
E se, em relação aos mesmos oito meses de 2014 e 2015 os resultados do frango vivo são positivos (+ 9,91% e + 5,93%, respectivamente), permanecem muito aquém da inflação (IPCA) acumulada, o que significa que permanece com um valor real continuamente decrescente.
Mas sob esse aspecto, nem boi e suíno escapam. O boi em pé, após dois meses de indefinições, voltou a reagir em agosto, mas permanece com preços negativos em relação ao que foi registrado entre janeiro e agosto dos dois últimos anos. Além disso, em três anos sua evolução de preços mantém-se em índices inferiores aos da inflação.
O suíno, é verdade, registra boa evolução de preços no mês (+ 11,44%) e, no ano, alcança valor médio que supera a inflação dos oito primeiros meses de 2015 e 2016. Porém, em relação a janeiro-agosto de 2014 apresenta evolução de preço (+ 11,32%) que corresponde à metade da inflação acumulada no período (+ 22,42%).
Para frango e suíno a situação poderia ser bem pior não fosse seus dois principais fatores de custo, milho e farelo de soja, virem registrando uma superprodução que faz com que seus preços permanecem com valores nominais e/ou reais negativos, no mês e no ano.
Fonte: AviSite