Boas notícias correram rápido ontem à tarde quando foram confirmados negócios de feijões recém-colhidos vendidos por R$ 115,00 no interior de São Paulo. O ânimo voltou para alguns produtores. Porém, este feijão é extra, nota 9,5 e com peneira de 95% de 12. Os demais produtos comerciais vão escoando lentamente.
Como estão confirmadas as boas condições das lavouras, não somente do Paraná, mas também em torno de Brasília, que deverão ser colhidas no mês de janeiro, a preocupação segue para todos, sejam produtores ou comerciantes.
Do ponto de vista de empacotadores que estão levantando as possibilidades de abastecimento para o início do ano, as notícias não são boas na proporção em que a cada dia diminuem as chances de valorização dos preços. O volume de produto a ser colhido poderá manter os baixos patamares de custo.
Ainda que com o valor fixo o mais enxuto possível, trabalhar com feijões abaixo de R$ 150,00 torna a atividade pouco rentável. A cada mês, os encartes dos supermercados forçam a concorrência entre as principais marcas. Já não há gordura para queimar nos preços e, portanto, para assegurar a continuidade da marca nas redes do varejo, a melhor negociação é realizada sem lucro, não sendo incomum que sejam feitas com prejuízo.
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Fonte: Ibrafe
