Feijão e arroz: Cotações – Safras & Mercado

Oferta restrita sustenta preço do feijão carioca

O feijão carioca sofreu uma valorização dos grãos negociados. Ainda que a comercialização diminua neste período, a redução constante do volume ofertado impactou nos preços do grão. Tanto a área plantada quanto a produção ainda poderão sofrer reajustes dependendo das condições climáticas e de mercado, pois no encerramento do levantamento o plantio ainda se encontrava em andamento. Encontrar um grão de qualidade nas negociações permanece difícil. As informações são de Safras & Mercado.

Conforme o 3º Levantamento da safra 2015/16 da Conab, no Paraná, deverá ocorrer um decréscimo na área, variando de 5,8% nas estimativas atuais, com o cultivo chegando a 181.600 hectares. Os altos riscos inerentes à produção de feijão, somados às dificuldades na comercialização, têm pesado na hora de decidir o que plantar. O plantio já foi finalizado e a cultura encontra-se na maioria, nas fases de desenvolvimento vegetativo, floração e frutificação.

A área prevista para semear feijão primeira safra no Rio Grande do Sul está estimada em 54.300 hectares, o que configura um acréscimo de 53% em relação à safra passada, composta pela agricultura familiar e agricultura de subsistência. Encerrada a semeadura, predominam as fases de desenvolvimento vegetativo e floração. A produtividade média desse tipo de safra é de 1.433 kg/ha alavancado pelo cultivo irrigado da agricultura empresarial.

Feijão preto sofre pequena valorização

O mercado de feijão preto caracterizou-se por preços nominais durante esta semana. Entretanto, o grão de melhor qualidade valorizou-se 3,2% ante a semana passada. A grande diferença em comparação com o feijão carioca impulsionou as cotações do feijão preto.

No Rio Grande do Sul, segundo a Emater/RS,está finalizada a semeadura em todas as regiões do Estado, com exceção dos Campos de Cima da Serra, onde deverá ocorrer até o final do mês. Como era esperado, na região Sul houve redução da área plantada em razão das condições meteorológicas que não permitiram a complementação das áreas inicialmente previstas;é o caso de Canguçu, por exemplo, que semeou apenas 1.350 hectares, com diminuição de 32,5%.

As lavouras de feijão-safra encontram-se em fases de plena reprodução e enchimento do grão. As lavouras vêm com bom desenvolvimento – mas sendo prejudicadas, em muitas áreas pelo excesso de umidade no solo e ar – derivado do clima com fortes e abundantes chuvas que induzem a incidência de doenças.

Preço do arroz volta a recuar no Rio Grande do Sul

O mercado gaúcho de arroz, principal referencial nacional, voltou a mostrar fraqueza na terceira semana de dezembro. A saca de 50 quilos era comercializada a uma média de R$ 40,77 no Rio Grande do Sul no dia 17 de dezembro, ante R$ 40,97 na semana anterior. Confrontada com igual período do mês passado – R$ 41,12 -, havia perda de 0,85%. Na comparação com o mesmo momento de 2014, era verificada uma alta de 9,6%, quando o valor registrado era de R$ 37,21 a saca.

O plantio da safra de arroz 2015/2016 no Rio Grande do Sul está praticamente encerrado, restando menos de 1% do total projetado. Apesar dos esforços dos orizicultores, a atual safra não conseguiu acompanhar a evolução registrada nas safras anteriores.

Nesta época, em média, cerca de 9% das lavouras deveriam estar em floração, enquanto a atual atinge, no máximo, 4%. Este fato implica em riscos à cultura, como, por exemplo, o de as lavouras atravessarem a fase de floração em condições de temperaturas mais baixas, o que pode causar abortamento das flores e diminuição da produtividade, além de prorrogar a colheita para períodos mais chuvosos, como o outono. Resta ao orizicultor esperar que o clima colabore, transcorrendo sem grandes desvios em relação às médias das chuvas e das temperaturas. Com informações do boletim semanal divulgado pela Emater (RS).

No cenário internacional, as exportações de arroz do Vietnã devem totalizar de 6.55 milhões de toneladas em 2015. Caso se confirme, seria um aumento de 3,5% sobre o volume exportado em 2014. A estimativa foi dada pelo Ministério da Indústria e Comércio e foi divulgada por agências internacionais.

No quarto trimestre de 2015, as exportações devem somar 2.21 milhões de toneladas, alta de 10% se comparada com igual período do ano passado. As exportações para Filipinas, Indonésia e China cresceram no ano. Para 2016, porém, o resultado das exportações do Vietnã não deve ser tão forte, em meio à demanda mais fraca e à competição com o cereal da Tailândia.

 

Fonte: Agência Safras

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