Exportações do agronegócio cresceram 40% em outubro sobre mesmo mês de 2016

As exportações do agronegócio atingiram US$ 8.02 bilhões, em outubro, com crescimento de 39,9% em relação a igual mês no ano anterior, quando as vendas externas do setor somaram US$ 5.74 bilhões. Já as importações caíram 5,5%, no mesmo período comparativo para US$ 1.14 bilhão. Como resultado, houve aumento do superávit do setor, que passou de US$ 4.53 bilhões para US$ 6.89 bilhões.

O agronegócio representou 42,5% das exportações brasileiras no último mês. Em relação às importações, a representatividade dos produtos agropecuários foi de 8,3% no período.

 

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Desempenho de setores

Os produtos de origem vegetal representaram 78,1% do volume do agronegócio exportado no mês, totalizando US$ 6.27 bilhões e os origem animal somaram US$ 1.75 bilhão. O complexo soja liderou a pauta, com destaque para o grão, cujas vendas atingiram US$ 939.26 milhões. As exportações de farelo somaram US$ 423.53 milhões e as de óleo, US$ 100.96 milhões. O desempenho se deveu ao maior  volume embarcado, já que os preços apresentaram queda: grão (- 8,8%), farelo (- 13,3%) e óleo (- 9,7%).

As carnes ocuparam a segunda posição no ranking, com US$ 1.42 bilhão, se destacando a de frango (US$ 623.78 milhões (+ 24,4%, em 12 meses) e bovina, com US$ 601.65 milhões (+ 38,1%). As vendas de carne de frango e bovina in natura foram recordes, em quantidade, com 335.240 toneladas e 119.080 toneladas, respectivamente. Mas houve queda nas vendas de carne suína (- 7,8% para US$ 134.35 milhões) e carne de peru (-19,5% para US$ 25.30 milhões).

Se destacaram, ainda, o complexo sucroalcooleiro, com US$ 1.12 bilhão em exportações. O açúcar predominou no setor, atingindo US$ 1.03 bilhão (91,9%). As exportações de álcool cresceram 122,3%, no período, (+ 131,9% em quantidade e – 4,1% em preço).

Produtos florestais somaram US$ 1.02 bilhão, posicionando o setor como o quarto principal do agronegócio em outubro. A celulose foi destaque, totalizando US$ 538.99 milhões, com aumento de 18% (- 1,8% em quantidade e + 20,1% em preço). Houve um aumento de 40,9% nas vendas de madeiras e suas obras (+ 69,2% em quantidade e – 16,7% em preço), atingindo US$ 313.58 milhões. As exportações de papel também avançaram (12%), passando para US$ 163.72 milhões.

Na quinta posição da pauta, situaram-se as exportações de cereais, farinhas e preparações (US$ 823.92 milhões), lideradas pelo milho, que foi responsável por 94% do total. O aumento no volume embarcado foi de 356,3%, reflexo da produção recorde de 97.71 milhões de toneladas estimada para a safra 2016/2017, depois de um ano em que houve quebra de produção.

Mercados

A Ásia se manteve como o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro, alcançando US$ 3.30 bilhões, em outubro, com aumento de 56,5%, ampliando a participação da região no total das exportações, de 36,8% para 41,1%. A União Europeia, segundo principal destino, registrou crescimento de 23,3% no valor nas exportações, mas a participação no total das exportações caiu de 22,1% para 19,5%.

Importações

Os produtos agropecuários importados tiveram queda de 45,7%, no segmento de cereais, farinhas e preparações, implicando em redução de US$ 150.96 milhões. O queda foi atribuída, principalmente, ao recuo nas compras de milho (- 81,2%) e de trigo (- 32,7%). Também caíram substancialmente as compras de cevada (- 63,5%), malte (- 49,4%) e arroz (- 47,1%).

Acumulado no ano

As exportações do agronegócio de janeiro a outubro acumulam o equivalente a US$ 82 bilhões (+ 12,2% sobre o mesmo período do ano anterior). As importações também cresceram, passando de US$ 10.99 bilhões entre janeiro e outubro de 2016 para US$ 11.82 bilhões entre janeiro e outubro de 2017 (+ 7,6%). O crescimento das exportações do agronegócio possibilitou ampliar o superávit comercial, que subiu de US$ 62.11 bilhões, no período de 10 meses, para US$ 70.18 bilhões.

Acumulado em 12 meses

Nos últimos doze meses, as exportações brasileiras do agronegócio brasileiro somaram US$ 93.84 bilhões, montante que representa crescimento de 8,4% em relação ao mesmo período anterior, quando somaram US$ 86.59 milhões. As importações foram de US$ 14.46 bilhões, resultando em saldo comercial positivo de US$ 73.71 bilhões.

 

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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