As exportações das cooperativas brasileiras perderam fôlego em junho e encerraram o primeiro semestre do ano em queda. Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), os embarques somaram US$ 407.7 milhões no mês, 23,5% menos que em junho de 2015, e alcançaram US$ 2.682 bilhões nos primeiros seis meses de 2016, queda de 4,1% em relação a igual período do ano passado. As importações desses grupos, por sua vez, chegaram a US$ 42.6 milhões em junho, 114,3% mais que um ano antes, e foram a US$ 187 milhões no semestre, um aumento de 27,6%.
De acordo com o MDIC, 136 cooperativas do segmento agropecuário efetuaram embarques de janeiro a junho. Cortes e miúdos de frango desbancaram a soja e lideraram as exportações no período, com receita de US$ 462.7 milhões, 15,7% maior que nos seis primeiros meses de 2015. Já as vendas da oleaginosa, que continuaram a liderar as exportações do agronegócio brasileiro no período, renderam US$ 438.2 milhões para as cooperativas, 14% mais na comparação, enquanto as de café alcançaram US$ 303.5 milhões, alta de 18%. O volume das vendas, puxado por carnes, soja açúcar e café, totalizou 5.4 milhões de toneladas, um incremento de 15%.
A China mais uma vez foi o principal destino para aos embarques das cooperativas agropecuárias brasileiras no primeiro semestre – da mesma forma que foi para o agronegócio brasileiro em geral. As vendas para país asiático, encabeçadas por soja em grão e carne de frango, somaram US$ 677.2 milhões, 19% mais que no mesmo período de 2015. O segundo principal destino dos embarques foi a Alemanha. As exportações ao país europeu aumentaram 8%, para US$ 194 milhões, e superaram as vendas aos Estados Unidos (US$ 173.5 milhões).
As cooperativas brasileiras que mais exportaram no primeiro semestre deste ano foram a paranaense Coamo, impulsionada pela soja, a paulista Copersucar, maior trading de açúcar do mundo, a catarinense Aurora, forte em carnes de frango e suína, e a mineira Cooxupé, líder global em café. As também paranaenses Copacol, C.Vale e Lar se mantiveram entre as principais cooperativas exportadoras, também com embarques superiores a US$ 100 milhões no período em questão.
Fonte: Valor