As exportações das cooperativas agropecuárias brasileiras alcançaram US$ 415 milhões em julho, 24,6% menos que no mesmo mês de 2015, conforme dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). As importações mais que dobraram e atingiram US$ 75.3 milhões e, com isso, o superávit da balança do segmento diminuiu 34%, para US$ 340 milhões.
Em boa medida, a retração dos embarques pode ser explicada pela perda de fôlego das vendas externas de soja em grão, dado o ritmo forte observado no primeiro semestre, e pelo cenário menos favorável às carnes em virtude da desvalorização do dólar.
Nos sete primeiros meses, as exportações das cooperativas do país recuaram 7,5% em relação ao mesmo período do ano passado, para US$ 3.1 bilhões. Em volume, os embarques totais somaram 6.2 milhões de toneladas, um aumento também de 7,5%. Segundo o MDIC, 137 cooperativas do segmento agropecuário efetuaram embarques de janeiro a julho. Já as importações cresceram 43% na comparação entre os primeiros sete meses de 2015 e 2016, para US$ 262.3 milhões. Assim, o superávit das cooperativas atingiu US$ 2.8 bilhões, 10,4% menor que no mesmo intervalo de 2015.
Entre os produtos mais exportados pelas cooperativas de janeiro a julho estão cortes e miúdos de frango (US$ 548.8 milhões, alta de 16%), soja em grão (US$ 471 milhões, alta de 0,7%), açúcar (US$ 345.1 milhões, queda de 30,6%) e café em grão (US$ 340 milhões, queda de 42,2%).
A China continua a ser o principal destino das vendas externas das cooperativas agropecuárias brasileiras. De janeiro a julho de 2016, as vendas ao país chegaram a US$ 745.4 milhões, 23% mais que no mesmo período de 2015. Em seguida aparecem Estados Unidos (US$ 224.7 milhões, queda de 14,3%) e Alemanha (US$ 203.7 milhões, queda de 19,9%). As cooperativas brasileiras que mais exportaram nos primeiros sete meses foram a paranaense Coamo, a paulista Copersucar e a catarinense Aurora.
Fonte: Valor