Irreversivelmente transformado e reconhecido como grande exportador mundial de milho, o Brasil embarcou nas três primeiras semanas de fevereiro um total de 4.424 milhões de toneladas do grão.
Ou seja: sem que o mês tenha terminado (ainda há mais seis dias de embarques) já se alcança, praticamente, o que foi exportado em janeiro passado (4.458 milhões de toneladas) e se tem o quinto maior volume de toda a história do setor.
Mantida no restante do mês a média das três primeiras semanas, fevereiro será fechado com um novo recorde histórico – algo próximo de 6.5 milhões de toneladas, quase 500% a mais que em fevereiro de 2015. Ou 150% a mais no primeiro bimestre de 2016.
Nada contra, muito pelo contrário. Mas a questão é que o comportamento das exportações segue caminho inverso ao de anos anteriores, como mostra o gráfico.
Problema maior, porém, é que a produção não cresce no mesmo ritmo das exportações e, assim, disponibilidade e preço continuarão sendo os principais desafios dos usuários internos do grão, caso, principalmente, da avicultura.
É algo a que os segmentos produtores de frango e de ovos deverão ficar extremamente atentos. Porque a resposta do lado do consumo pode ser insuficiente para absorver os custos. Que tendem a continuar crescendo até, pelo menos, meados do ano.
Fonte: AviSite