Mesmo com perspectivas de continuidade da crise econômica no País, o mercado de etanol espera cenário um pouco mais positivo em 2016. O consumo aquecido no correr de 2015 e os aumentos de preços no acumulado do ano podem representar o início, ainda que de forma gradativa, de uma retomada da rentabilidade do setor, que há alguns anos amarga custos de produção em alta e prejuízos financeiros.
Por outro lado, como há expectativa de crescimento no volume produzido, é preciso planejamento ao longo da safra para manter a cadeia sustentável.
A possibilidade de aumento da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) incidente sobre a gasolina acima dos atuais R$ 0,10 por litro também é vista como reforço à competitividade do biocombustível (hidratado), que se mostrou vantajoso frente ao derivado fóssil nos postos durante praticamente todo o ano de 2015.
Do lado da oferta, usinas devem continuar priorizando a produção de etanol em detrimento do açúcar na safra 2016/17, que começa oficialmente em abril do ano que vem.
Preliminarmente, a moagem de cana-de-açúcar em 2016/17 no Centro-Sul é estimada entre 615 milhões e 630 milhões de toneladas pela consultoria Agroconsult, o que representaria aumento de até 5% sobre o volume projetado para a temporada atual, de 600 milhões de toneladas.
Fonte: Cepea/Esalq