Embrapa presta homenagens a representantes do setor produtivo

A 35ª Reunião de Pesquisa de Soja promovida pela Embrapa Soja em Londrina (PR), nos dias 5 e 6 de julho, reúne aproximadamente 500 profissionais do agronegócio da soja, entre cientistas, técnicos da extensão rural, professores e produtores. Um dos destaques na solenidade de abertura, realizada neste dia 5, foi a entrega da Medalha Embrapa Soja que homenageia pessoas, entidades ou parceiros relevantes para o desenvolvimento da Empresa, da pesquisa e da transferência de tecnologia.

 

Durante a solenidade de abertura da Reunião de Pesquisa de Soja (RPS) foram agraciados Joaquim Mariano, da Cooperativa Coamo, Luiz Carlos Louzano, diretor da BASF e o pesquisador José Tadashi Yorinori (in memorian). “Queremos valorizar e reconhecer a importância de atuar em parceria em prol de um objetivo em comum: o desenvolvimento da sojicultura nacional”, destacou o chefe-geral da Embrapa Soja, José Renato Bouças Farias.

O pesquisador da Embrapa Soja Alvadi Balbinot, coordenador da RPS, explica que o evento congrega os diferentes segmentos da cadeia produtiva da soja, assim como debate os principais avanços e os desafios para a cultura.

Na palestra de abertura, o produtor Almir Dalpasquale abordou os fatores limitantes para o avanço da cultura da soja como a resistência das pragas aos agrotóxicos e o alto custo de produção. Dalpasquale destacou os avanços da pesquisa com transgênicos para a melhoria de práticas no campo, entre outras ações. Também relatou a pujança do setor produtivo e a busca por produzir mais com menos recursos. “As inovações da ciência permitiram que, ao longo dos anos, o produtor conseguisse ampliar a produção pelos ganhos em rendimento e não pelo aumento de área”, ressaltou.

A pesquisadora Divania de Lima apresentou os dados consolidados da produção de soja no Brasil, maior produtor mundial do grão, atrás apenas dos EUA. Na safra 2015-2016, foram produzidos 95.9 milhões de toneladas, em uma área plantada de 33.2 milhões de hectares, o que representou uma incorporação de 1 milhão de hectares, quando comparada a safra anterior. “A soja representa 56% da área plantada com grãos em 15 estados brasileiros, mais o DF. A cultura é bastante relevante e tende a se manter em posição de destaque”, disse.

Apesar do aumento da área plantada com soja no Brasil, a produtividade brasileira foi um pouco menor, caindo de 2.998 kg/ha para 2.982 kg/ha. O Mato Grosso manteve a primeira posição na produção de soja com 26 milhões de toneladas, em uma área plantada de 9 milhões de hectares. Apesar da segunda posição oscilar entre Rio Grande do Sul e Paraná, o Paraná produziu mais de 17 milhões de toneladas em uma área de 5.4 milhões de hectares.

A região do MATOPIBA que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia produziu na última safra, aproximadamente 6.7 milhões de toneladas . “Apesar de aumento expressivo em área, isso não se refletiu no aumento de produção pela redução na produtividade”, disse.

Uma das principais limitações da safra foi o fenômeno El Nino, com chuvas acima da média no Centro Sul e escassez no Centro-Norte. “Além de dificultar o manejo da ferrugem da soja no Centro-Sul do País, os problemas climáticas interferiram negativamente na colheita, em algumas regiões, reduzindo a produtividade e qualidade dos grãos colhidos”, relatou.

Fonte: Embrapa

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