Os desembolsos de crédito rural à agricultura empresarial, que compreende médios e grandes produtores, alcançaram R$ 102 bilhões nos nove primeiros meses desta safra 2017/18 (julho do ano passado a março último) – 9,2% mais que em igual período do ciclo anterior. Os dados são do Banco Central e foram divulgados pelo Ministério da Agricultura.
Apesar do aumento, o montante representa apenas 54% do volume total de R$ 188.3 bilhões em recursos anunciados pelo governo para o Plano Safra 2017/18, cuja vigência terminará em 30 de junho.
O destaque do balanço divulgado são as linhas de financiamento do Plano Safra voltadas a investimentos, que registraram na comparação aumento de 26% nas contratações. Os desembolsos atingiram R$ 21.4 bilhões nessa frente, estimulados por um cenário de juros menores.
“Isso nos mostra que os programas de investimento que resultam em aumentos de produtividade devem continuar como prioridade no Plano Safra 2018/19”, disse Wilson Vaz, Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura.
Os desembolsos de crédito em operações de comercialização também continuam em ascensão. O valor alcançou R$ 18.1 bilhões nos nove primeiros meses da temporada, puxado pela demanda dos agricultores para estocagem de grãos à espera de melhores preços, que estão em alta nos últimos meses.
Já os desembolsos para operações de custeio – as mais realizadas, também cresceram, porém menos: 0,8% de julho de 2017 a março passado, para R$ 57.8 bilhões.
Por fim, os financiamentos ao agronegócio que têm como fonte de recursos as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) aumentaram 34,4%, para R$ 15.6 bilhões. Desse total, R$ 7.1 bilhões foram para operações de custeio, R$ 6.3 bilhões para comercialização, R$ 316 milhões para industrialização e R$ 1.8 bilhão para investimentos.
Fonte: Valor Econômico
