A quebra de safra provocada principalmente pelas perdas das áreas de sequeiros e em menor participação das áreas irrigadas também reduziu a rentabilidade dos produtores. Os dados foram levantados pelo Projeto Campo Futuro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), durante os painéis de grãos irrigados realizados em Cristalina (GO) e Unaí (MG).
Os produtores de grãos de Cristalina relataram que a rentabilidade da produção na última safra foi prejudicada, por conta dos problemas ocorridos pela estiagem. Em Unaí, a safrinha e a safra de verão também foram impactadas pela seca. “Algumas plantações de milho safrinha e feijão nessas regiões foram afetadas, mas ainda assim, os produtores conseguiram pagar os custos de produção”, afirmou o assessor técnico da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Alan Malinski.
Os técnicos do Campo Futuro constataram que os produtores dessas duas regiões são tecnificados e capacitados para produzir em áreas irrigadas. “Uma plantação com esse sistema produz de 20 a 30 sacas, por hectare, a mais do que a de sequeiro. Desta forma, a produção em lavouras irrigadas trazem maior segurança aos produtores principalmente em períodos de estiagem, como a que ocorreu na safra atual”, disse o assessor.
FEIJÃO
A expectativa de aumento da área plantada de feijão irrigado não se concretizou. De acordo com o representante da CNA, o motivo não foi à falta de água em pivôs para irrigar as lavouras e sim o investimento em outras culturas mais rentáveis para os produtores. “Alguns agricultores plantaram batata, tomate, ervilha e fecharam contratos antecipados e devido a isso, não puderam aproveitar os bons preços do feijão”, explicou Alan, conforme informações da assessoria.
Fonte: Só Notícias/Agronotícias