Açúcar: O aumento na oferta de açúcar cristal no mercado spot do estado de São Paulo, em especial a do tipo Icumsa 180, e a demanda enfraquecida pressionaram os valores do adoçante ao longo de maio. Na última semana do mês, a liquidez seguiu fraca, com compradores mostrando pouco interesse em negociações adicionais fora os recebimentos do cristal via contratos. Os preços variaram de acordo com o tipo do açúcar, ficando mais firmes para o Icumsa 150 e mais baixos para o Icumsa 180.
Algodão: Os valores internos do algodão em pluma registraram pequenos reajustes positivos ao longo de maio, acumulando avanço de 0,7% no mês e se caracterizando pelo quarto aumento mensal consecutivo. Os preços operam dentro de um estreito intervalo verificado desde meados de abril/25, entre R$ 4,30/libra-peso e R$ 4,40/lp.
Arroz: Ao longo de maio, o mercado de arroz em casca no Rio Grande do Sul manteve a trajetória de queda observada desde o final de 2024. Os preços acumulam recuo de 28,73% no ano e operam nos níveis nominais de maio de 2022, o que compromete significativamente a rentabilidade dos produtores e levanta dúvidas quanto à atratividade da cultura para a próxima safra, prevista para o segundo semestre de 2025. Esse movimento de baixa acompanha o cenário internacional.
Boi: O mercado pecuário esteve em movimento de baixa em maio. Frigoríficos, especialmente os de maior porte, preencheram boa parte de suas escalas com animais de contrato e/ou de produção própria. Com isso, a procura no spot foi baixa e, mesmo em praças onde pecuaristas tentaram resistir aos preços ofertados por terem pastagens em boas condições, os valores recuaram.
Café: A colheita de café arábica da safra brasileira de 2025/26 começou a ganhar mais ritmo em maio, e as atividades envolvendo o robusta foram intensificadas ao longo do mês. Esse cenário pressionou com certa força os preços de negociação do grão, sobretudo na última semana de maio.
Etanol: As vendas de etanol hidratado se aqueceram em maio no mercado spot do estado de São Paulo, em especial na primeira quinzena do mês, quando compradores (de pequeno, médio e grande portes) buscaram fazer a reposição dos estoques após as vendas de Dia das Mães. Levantamento do Cepea mostra que o volume de hidratado vendido pelas usinas de São Paulo em maio esteve 21% maior que o de abril. No entanto, observa-se queda de 22,4% em relação à quantidade negociada em maio de 2024.
Feijão: A colheita da segunda safra de feijão avançou em maio, e os trabalhos envolvendo a primeira foram praticamente encerrados. Embora a oferta de feijão tenha aumentado no mês, a disponibilidade de lotes de padrão superior seguiu restrita, o que, por sua vez, garantiu algumas reações nos preços das negociações envolvendo essa categoria. Já no caso dos grãos comerciais, as cotações seguiram em queda em várias regiões.
Frango: Após dois meses de avanço – sustentado por exportações aquecidas e oferta interna controlada –, os preços da carne de frango voltaram a cair em maio, em parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Antes da confirmação do caso do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em um matrizeiro de aves comerciais no município de Montenegro (RS), no dia 15 de maio, o cenário apontava para mais uma valorização mensal, impulsionada pela demanda aquecida no início de mês e com o Dia das Mães.
Milho: Os preços do milho recuaram em maio, influenciados pela maior disponibilidade do cereal, com o avanço da colheita da safra verão e o início das atividades da segunda safra. Além disso, estimativas indicando produção de milho elevada no Brasil e no mundo e consumidores priorizando a utilização dos estoques mantiveram pressionados os valores internos.
Ovinos: As cotações do cordeiro vivo subiram em maio na maioria dos estados acompanhados pelo Cepea. O movimento esteve relacionado à baixa oferta de animais para abate. Por outro lado, na Bahia e no Paraná, os valores caíram, pressionados pela baixa procura. No Rio Grande do Sul, um dos principais estados produtores de ovinos do Brasil, a oferta de cordeiro vivo está bastante reduzida.
Soja: Ao longo de maio, os preços da soja oscilaram dentro de uma faixa estreita, com as pequenas variações sendo influenciadas pelo contexto de oferta da América do Sul, pelo ritmo de cultivo da nova safra nos Estados Unidos, por impactos das tarifas norte-americanas sobre outros países e por reações dos governos impactados por tais medidas.
