Com o tema “Milho e Sorgo: inovações, mercados e segurança alimentar”, teve início no último domingo (25), em Bento Gonçalves, na Serra gaúcha, o 31º Congresso Nacional de Milho e Sorgo. Lideranças e interessados na temática prestigiaram a solenidade de abertura. Estiveram presentes: Odacir Klein, presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, que representou o governador do Estado do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori; o diretor técnico e presidente interino da Emater/RS, Lino Moura, que representou o secretário do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcísio Minetto; o presidente da Associação Brasileira de Milho e Sorgo, Décio Karam, e o presidente do Congresso, Zeferino Chielle.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Milho e Sorgo, em 30 edições já participaram do evento cerca de 20 mil pessoas, sendo apresentados mais de 14 mil trabalhos científicos da área. “Queremos que esse evento possa incentivar e promover o debate sobre milho e sorgo para o conhecimento e aprendizado, visando à maior distribuição de informações”, disse Karam.
Na ocasião, Moura destacou para o público a importância do evento no debate da cadeia produtiva do milho e do sorgo, especialmente quando a produção do milho está carente no Rio Grande do Sul. “Esse congresso veio no momento certo para o nosso Estado para discutir as questões tecnológicas, de logística e de abastecimento de milho e, ao mesmo tempo, trazer um novo ânimo para a pesquisa e a extensão rural, a fim de retomar com força o trabalho com milho, no momento em que os agricultores olham para a soja como prioridade, e que a área do milho reduziu drasticamente no Rio Grande do Sul”, afirmou.
Para a safra 2016/2017 de milho, a estimativa da Emater/RS-Ascar é que sejam cultivados com o grão cerca de 810 mil hectares, gerando uma produção total de cinco milhões de toneladas. Essa quantidade, segundo Moura, é insuficiente para atender à demanda do Estado. “São necessárias seis milhões de toneladas de milho para garantir o abastecimento das cadeias produtivas de suínos, aves e gado de leite e a exportação. Trabalhamos com a expectativa de que, em um impulso final, ainda possamos aumentar a área de milho e também a produtividade, para que a produção faltante seja menor do que a que aconteceu na safra 2015/2016”, disse.
Hoje (26) tiveram início as conferências, palestras, painéis e workshops. Começando as atividades do dia, o representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Alan Jorge Bojanic Helbingen, realizou a conferência “O desafio da produção sustentável frente à demanda crescente por alimentos saudáveis”.
Fazem parte da programação palestras sobre “Tecnologia da informação aplicada à agricultura”; “Irrigação como estratégica de estabilidade do rendimento de milho”, “Incidência de doenças vinculadas aos sistemas de produção”, entre outras. Também estão sendo realizados os painéis “Desafios para a produção de milho e sorgo” e “Mercados especiais para milho e sorgo”, além de visitas aos estandes. O 31º Congresso Nacional de Milho e Sorgo prossegue até a próxima quinta-feira (29).
Fonte: Emater / RS