Com suporte da soja, milho sobe na CBOT e consolida a 4ª alta consecutiva

Pelo 4º pregão seguido, os contratos futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em leve alta de 1 a 1,25 centavos nos principais vencimentos. O vencimento dezembro/16 fechou cotado a US$ 3,51, enquanto o março/17 fechou a US$ 3,59 o bushel.

Segundos as agências internacionais, as cotações do cereal foram sustentadas pela alta registrada nos contratos da soja. Por sua vez, a oleaginosa alcançou o patamar mais alto dos últimos quatro meses com a força da demanda chinesa.

Apesar da movimentação positiva, os ganhos foram limitados pela perspectiva de uma grande safra nos Estados Unidos e também pelos estoques abundantes. Nessa temporada, os produtores deverão colher mais de 386 milhões de toneladas do grão.

Segundo o relatório de acompanhamento de safras do USDA, 97% da área plantada já foi colhida até o último domingo.

O percentual está em linha com o do mesmo período do ano passado. Na semana passada, o percentual era de 93% e a média dos últimos cinco anos para o período é de 96%.

Por outro lado, o mercado também já se prepara para o feriado do dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, comemorado na próxima quinta-feira (24 de novembro). Na sexta-feira (25 de novembro), a sessão também terá horário diferenciado, com o fechamento antecipado.

BM&F Bovespa

Os contratos futuros do milho negociados na BM&F Bovespa fecharam em leve alta. Os principais vencimentos acumularam valorizações de 0,16% a 0,91%, depois das perdas recentes. O janeiro/17 fechou cotado a R$ 37,78/saca e o março/17 a R$ 37,70/saca. O maio/17 fechou o dia a R$ 36,51/saca.

As cotações esboçaram uma reação depois das quedas e apoiadas também por uma leve recuperação no dólar. A moeda americana fechou cotada a R$ 3,3565 para venda, em alta de 0,13%.

Mercado interno

No mercado interno, as cotações apresentaram leves modificações ao longo do dia. Segundo levantamento da equipe do Notícias Agrícolas, em Avaré (SP), a saca subiu 19,44%, cotada a R$ 39,08.

Em Mato Grosso, nas praças de Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, a saca cedeu 4%, finalizando o dia cotada a R$ 24,00. Na região de Rio Verde (GO), a queda foi de 2,78%, com a saca cotada a R$ 35,00. Nas outras regiões, os preços foram mantidos.

No Porto de Paranaguá, a saca permaneceu estável a R$ 33,00.

Ainda segundo o Cepea, as cotações do cereal permanecem mais pressionadas nesse momento no mercado doméstico pelo bom desenvolvimento da safra de verão e também pela redução das exportações. Com um aumento na área cultivada próximo de 10%, os produtores brasileiros poderão colher entre 27.05 e 28.55 milhões de toneladas na 1ª safra, de acordo com estimativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

Até o final da semana anterior, 92,2% da área prevista para o cultivo nesta temporada já havia sido semeada, segundo a Safras & Mercado. A perspectiva é que sejam plantados 4.152 milhões de hectares.

Com relação as exportações, nos primeiros 12 dias de novembro, foram embarcadas 505.100 toneladas de milho. As informações foram divulgadas pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Recentemente, a Conab revisou para baixo a estimativa das exportações de 20 milhões para 18.5 milhões de toneladas.

 

Fonte: Notícias Agrícolas

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