Liberações do Funcafé
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou, nesta semana, a atualização das liberações de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), que chegou, até o dia 2 de dezembro, a R$ 3.446 bilhões, ou 74,81% do total de R$ 4.606 bilhões contratados pelos agentes financeiros (vide gráfico abaixo).
Do volume repassado, R$ 1.495 bilhão foram destinados à linha de Estocagem; R$ 819.382 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café (FAC); R$ 582.428 milhões para as linhas de Capital de Giro (R$ 258.550 milhões para Cooperativas de Produção, R$ 181.839 milhões para Indústrias de Torrefação e R$ 142.039 milhões para Indústrias de Solúvel); R$ 540.286 milhões à linha de Custeio; e R$ 8.831 milhões para Recuperação de Cafezais Danificados.
Mercado
Com movimento de correção técnica, em meio à liquidação de posição comprada pelos fundos, os futuros do arábica encerraram a semana com resultado negativo. O mercado apresentou baixa volatilidade, na ausência de novidades nos fundamentos e com a aproximação das festas de final de ano.
No Brasil, o dólar comercial registrou desvalorização nos últimos dias, sob a influência do cenário político doméstico. Ontem, a moeda norte-americana foi cotada a R$ 3,3830, em queda de 2,6% em relação ao fechamento da semana anterior. Porém, no cenário externo, o índice do dólar ganhou força, limitando o desempenho do mercado de commodities.
O clima segue favorável ao desenvolvimento da safra 2016/17 de café, com previsão de chuvas sobre o cinturão produtor nacional nos próximos dias. Frente ao aumento da umidade e à irregularidade dos grãos nos cafeeiros, condição favorável à infestação de doenças, a Somar Meteorologia alerta para a importância do controle fitossanitário.
Na ICE Futures US, o vencimento março do Contrato C foi cotado na quinta-feira, a US$ 1,414 a libra-peso, em queda de 440 pontos em relação ao fechamento da semana passada. O vencimento janeiro do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe encerrou o pregão de ontem cotado a US$ 2.015,00 a tonelada, em queda de US$ 49,00 em relação à última sexta-feira.
O mercado doméstico apresentou baixa liquidez de negócios. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 511,50/saca e a R$ 489,56/saca, respectivamente, com variações de -3,2% e 2,3%, na comparação com o fechamento da semana anterior.
Fonte: CNC