A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) emitiu, nesta sexta-feira, uma nota condenando qualquer medida arbitrária contra os pilares do comércio internacional. Dessa forma, a entidade ressaltou que repudia a conduta adotada por uma entidade dos EUA que impede a entrada da carne bovina brasileira no mercado norte-americano.
A seguir, a nota na íntegra:
“Com relação ao pedido da Associação de Produtores de Carne dos Estados Unidos (NCBA), encaminhado ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para impedir a entrada da carne brasileira no mercado norte-americano, temos que:
– O Brasil nunca teve qualquer caso de forma típica da Encefalopatia Espongiforme Bovina, o mal da vaca louca;
– A legislação brasileira proíbe o uso de qualquer proteína animal para alimentação bovina, única causa de contaminação da doença pelos animais;
– Ao contrário do Brasil, os Estados Unidos apresentaram três casos típicos da doença nos anos de 2003, 2005 e 2012;
– Em relação aos casos atípicos da vaca louca, o Brasil cumpriu todos os trâmites exigidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE);
– A OIE não notificou o Brasil sobre qualquer ação irregular cometida pelas autoridades sanitárias nacionais;
– O Brasil tem um forte sistema de defesa sanitária, graças ao trabalho do governo brasileiro junto aos produtores rurais. O trabalho é reconhecido pela própria OIE, que nos últimos anos concedeu ao Brasil o status de zona livre de doenças como a febre aftosa e de risco insignificante para a vaca louca;
– O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina, comercializando o produto in natura para mais de 100 países. Esse número reforça a afirmativa de que cumprimos todas as exigências sanitárias firmadas pelos países que importam nosso produto.
Diante deste contexto, entendemos que, ou a NCBA está desinformada ou adota a postura protecionista com viés econômico e sem nenhum caráter sanitário.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) condena qualquer medida arbitrária que vá contra os pilares do comércio internacional. Assim, repudia a conduta adotada pela entidade americana.”
Fontes: CNA/Notícias Agrícolas
Equipe SNA