A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defendeu, durante seminário na Câmara dos Deputados, a importância do crédito rural para financiar a produção agropecuária brasileira e garantir a segurança alimentar do país e do mundo.
O vice-presidente da CNA, deputado José Mário Schreiner, participou, em 21 de junho, da abertura do seminário promovido pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, para discutir o papel do financiamento na retomada do crescimento da economia brasileira.
Durante o encontro, José Mário, que também preside a Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA, destacou a preocupação do mundo com a segurança alimentar diante dos efeitos da pandemia e do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
“O Estados Unidos e alguns países da Europa estão ampliando suas áreas de cultivo e, mais do que nunca, o Brasil precisa se posicionar internamente, mas também olhando para o cenário mundial”, disse.
Combustível
Entretanto, segundo Schreiner, para que o país continue produzindo alimentos sustentáveis e de qualidade é fundamental garantir o acesso dos produtores ao crédito rural, considerando o atual cenário de aumento da inflação e dos preços dos insumos e, consequentemente, dos custos de produção.
“O crédito rural é o combustível do setor, principalmente para os pequenos produtores, que representam 70% da classe e são responsáveis por produzir o arroz, o leite, itens básicos da alimentação. Então precisamos trabalhar para garantir o acesso desses produtores ao financiamento”, afirmou o parlamentar.
Equalização de juros
Com a alta da taxa Selic, serão necessários mais recursos para a equalização dos juros do próximo crédito rural. Na safra 2021/2022, foram destinados R$ 13 bilhões para subsidiar os juros, mas pelos cálculos da CNA, para financiar o ciclo 2022/23, será preciso R$ 22 bilhões.
Além da CNA, participaram da abertura deputados e representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) e do Conselho Federal de Economia (Cofecon).
Acesse aqui o seminário na íntegra.