Chuvas atrasam plantio de algodão em Mato Grosso

Embora gerem preocupação entre produtores de algumas regiões do País, as chuvas dos últimos dias ainda não atrapalham o desenvolvimento das lavouras de soja e milho da safra 2017/18.

Os tratos culturais em algumas lavouras, especialmente no Paraná, porém, estão sendo afetados, segundo Marco Antonio dos Santos, agrometereologista da Rural Clima. Além disso, em decorrência da umidade “há uma preocupação maior com a ferrugem asiática”, disse ele. A previsão para a próxima semana, contudo, é de tempo firme no Estado, o que deve possibilitar a aplicação de defensivos, disse.

No Centro-Oeste e no Matopiba, confluência entre Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, a preocupação é com os efeitos do clima na produtividade da soja. “Muita nebulosidade pode comprometer o tamanho dos grãos”, disse. Até o momento, no entanto, os relatos indicam bom desenvolvimento.

Se no Paraná e no Centro-Oeste, a umidade preocupa, no Rio Grande do Sul, o receio é com possível estresse hídrico. “Até agora, são relatos pontuais, nada que vá comprometer a safra”, disse.

Para Enilson Nogueira, analista de mercado da Céleres, de uma maneira geral, as chuvas mais ajudam que atrapalham o desenvolvimento das lavouras. “No caso da soja, com o atraso do plantio, devemos lembrar que 90% das lavouras estão na fase de enchimento de grãos e as chuvas são essenciais”, disse.

Pode haver impactos, contudo, sobre o plantio de algodão da safra 2017/18. “Já houve algum atraso, mas nada que não possa ser recuperado”, ressaltou Nogueira. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o plantio no Estado está em 2,74% dos 725.600 hectares estimados, apenas 1,3% atrás do visto um ano antes.

Com problemas ainda pontuais, o consultor da Safras & Mercado Luiz Fernando Gutierrez Roque acredita que a safra de soja 2017/18 ainda tem potencial para superar o recorde do ciclo passado, quando totalizou 114 milhões de toneladas, segundo a Conab.

 

Fonte: Valor

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