
Na segunda quinzena de setembro, as usinas da Região Centro-Sul processaram 40.855 milhões de toneladas contra as 38.84 milhões de toneladas da safra 2024/2025. No acumulado desde o início da safra 2025/2026 até 1º de outubro, a moagem totalizou 490.93 milhões de toneladas e continua registrando uma queda de 2,99% em relação as 506.04 milhões de toneladas processadas no mesmo período do ciclo anterior.
No final de setembro, 259 usinas estavam operando na Região Centro-Sul, sendo 238 unidades com processamento de cana, dez produzem etanol a partir do milho e onze usinas flex. Durante o mês, quatro unidades encerraram a moagem de cana-de-açúcar, sendo três durante a segunda metade do mês.
Em relação à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na segunda quinzena de setembro atingiu 157,48 quilos de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, contra 160,34 quilos por tonelada na safra 2024/2025, queda de 1,78%. No acumulado da safra, o indicador marca 136,04 quilos de ATR por tonelada, registrando uma queda de 3,63% na comparação com o valor registrado na mesma posição no ciclo anterior.
Produção de açúcar e etanol
A produção de açúcar na segunda metade de setembro totalizou 3.14 milhões de toneladas. No acumulado desde o início da safra até 1º de outubro, a produção do adoçante totalizou 33.52 milhões de toneladas contra 33.24 milhões de toneladas do ciclo anterior.
Segundo o Diretor de Inteligência Setorial da UNICA, Luciano Rodrigues, “pela terceira quinzena consecutiva o mix de produção voltado para o açúcar registrou queda. Nos últimos quinze dias de setembro, o indicador atingiu 51,20% contra 53,50% registrado na quinzena anterior.”
Quando observado o mix de produção apenas das anexas (plantas com capacidade de produzir açúcar e etanol), a queda foi de 2,50% em São Paulo e chegou a 3,50% nos estados do Centro-Oeste. “Essa tendência de queda mais intensa nos estados do Centro-Oeste reflete a menor atratividade relativa do adoçante naquela região e o maior estímulo para a produção de etanol nesses estados”, explicou Luciano Rodrigues.
Na segunda quinzena de setembro, a produção de etanol pelas unidades do Centro-Sul foi de 2.21 bilhões de litros, sendo 1.36 bilhão de litros de etanol hidratado (- 6,33%) e 851.78 milhões de litros de etanol anidro (+ 7,34%). No acumulado do atual ciclo agrícola, a produção do biocombustível totalizou 23.02 bilhões de litros (- 8,80%), sendo 14.38 bilhões de etanol hidratado (- 10,93%) e 8.64 bilhões de anidro (- 5,02%).
Do total de etanol obtido na segunda quinzena de setembro, 16,70% foram produzidos a partir do milho, registrando um total de 369.61 milhões de litros neste ano, contra 334.45 milhões de litros no mesmo período do ciclo 2024/2025, aumento de 10,51%. No acumulado desde o início da safra, a produção de etanol de milho totalizou 4.48 bilhões de litros, aumento de 18,38% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Vendas de etanol
No mês de setembro, as vendas de etanol totalizaram 3.09 bilhões de litros. O volume comercializado de etanol anidro no período foi de 1.21 bilhão de litros, aumento de 16,45%, enquanto o etanol hidratado registrou vendas de 1.88 bilhão de litros, queda de 2,12%.
No mercado doméstico, o volume de etanol anidro vendido pelas unidades do Centro-Sul foi de 1.18 bilhão de litros, o que representa um aumento de 15,34% em relação ao mesmo período da safra anterior. O volume de etanol hidratado, por sua vez, foi de 1.75 bilhão de litros, aumento de 0,45%.
No acumulado desde o início da safra até 1º de outubro, a comercialização de etanol pelas unidades do Centro-Sul totalizou 17.51 bilhões de litros, registrando uma queda de 2,03%. O volume acumulado de etanol hidratado totalizou 10.98 bilhões de litros (- 5,50%), enquanto o de anidro foi de 6.53 bilhões de litros (+ 4,40%).
Mercado de CBios
Dados da B3 até o dia 15 de setembro indicam a emissão de 33.59 milhões de créditos em 2025 pelos produtores de biocombustíveis. A quantidade de CBios disponível para negociação em posse da parte obrigada, não obrigada e dos emissores totaliza 31.03 milhões de créditos de descarbonização.
Luciano Rodrigues explica que, “faltando mais de 2 meses para o final do prazo de atendimento das metas, a indústria de biocombustíveis já disponibilizou uma quantia que supera a totalidade dos créditos necessários ao cumprimento integral das metas exigidas pelo Programa”. A quantidade de CBios disponíveis é suficiente para atender o compromisso de 2025 e viabilizar a aquisição de todos os CBios não aposentados no passado pelos distribuidores inadimplentes, reiterou o Diretor da UNICA.






