Faltando agora um trimestre para o final de 2015, as exportações de carnes caminham para um encerramento de exercício com estabilidade no volume embarcado. Pois, no acumulado de nove meses, o volume global registrado praticamente se igualou ao do mesmo período de 2014, com redução de apenas 0,31% (diferença, a menos, de 14 mil toneladas). Já a receita cambial tende, pelos dados atuais, a um recuo anual da ordem de 15%.
É verdade que, nos últimos meses, registrou-se forte reversão nos embarques das carnes suína, de frango e de peru. Assim, elas fecharam os primeiros nove meses de 2015 com expansão de volume em relação a idêntico período de 2014. Mas o incremento obtido não foi suficiente para reverter a significativa queda dos embarques de carne bovina in natura. Daí a quase estabilidade que vem sendo registrada no ano e que deve ser a marca final de 2015.
Quanto à receita, não há como reduzir a queda até aqui observada e que, pelo contrário, ainda pode aumentar. Pois aí, dois fatores atuam para a derrubada das divisas recebidas.
De um lado, a queda natural do preço médio de todas as carnes, como reflexo do fraco comportamento da economia mundial. De outro, a forte valorização do dólar, fator que possibilita ao exportador brasileiro operar com preços que já não eram concorrenciais.
Mas, como se vê, nem mesmo isso vem contribuindo para o aumento dos volumes exportados.
Fonte: AviSite