“Onde há minério, há água”, alegam militantes ambientalistas que denunciam os abusos da mineração na Serra do Gandarela (MG), pois nesta região nascem mananciais relevantes que abastecem as bacias do Rio Doce, Alto Rio das Velhas e Rio São Francisco. De acordo com especialistas, os danos ambientais, provocados pela mineração naquelas águas, não poderão ser revertidos.
O que agrava ainda mais esta situação é que 60% da região metropolitana de Belo Horizonte dependem diretamente do fornecimento do Alto Rio das Velhas. Além disto, a preocupação atual em todo o Brasil, relacionada à crise hídrica, demanda alternativas de mudanças diante de episódios de secas e degradação ao meio ambiente.
Para tentar amenizar tais impactos, uma floricultura de Belo Horizonte (MG), a Ikebana Flores, vai além da compra e venda de flores online: ela está doando, gratuitamente, mudas nativas à população de Belo Horizonte e realizando ações periódicas de plantio, há três anos, na Serra do Gandarela, localizada em Minas Gerais.
HISTÓRICO
Desde 2012, quando foi criada, a campanha tem envolvido blogueiros e sites de todo o País que, ao divulgarem a causa Plante Árvore, ganham uma muda nativa plantada em nome deles na Serra do Gandarela. Mais de 300 árvores nativas já foram plantadas na Serra e o próximo plantio está agendado para dia 14 de novembro, sábado.
O objetivo da campanha é mobilizar os cidadãos, pela internet, para conscientizar a todos sobre a mineração local, que tem devastado biomas relevantes desta região que, além de possuir biomas do Cerrado, conta com uma enorme extensão de floresta de Mata Atlântica, considerada a segunda maior do Estado de Minas, um patrimônio ecológico com importantes bacias hidrográficas.
Candeia, Ipê Branco, Ipê Crioulo, Ipê Amarelo, Mogno, Jacarandá, Sucupira, Aroeira, Peroba, Jequitiba, entre outras mudas nativas do Cerrado, já foram plantadas nesta região e estão a disposição a quem comparecer pessoalmente na Ikebana Flores – Avenida Getúlio Vargas nº 1697, Funcionários – 30.112-021, Belo Horizonte, Minas Gerais, próximo à Savassi.
Fonte: Thais Alessandra, do Coletivo Cirandar