1- Mobilização está agendada para o próximo sábado, dia 30
Caminhoneiros organizam desde a semana passada, por meio do WhatsApp, uma paralisação da classe. Os motoristas entendem que os principais compromissos assumidos pelo governo Michel Temer não estão sendo cumpridos, como o congelamento dos preços do diesel, medida que venceu em dezembro de 2018.
As informações apontam que o movimento não tem a mesma força percebida no ano passado, mas há temor de que os caminhoneiros possam se fortalecer e cheguem ao potencial explosivo da última greve. A possível data seria o próximo sábado, dia 30.
2- Petrobras muda período de reajuste do diesel
Coincidência ou não, nesta semana, a Petrobras anunciou uma alteração na periodicidade do reajuste dos preços do diesel nas refinarias, que correspondem a cerca de 54% dos preços ao consumidor final.
De acordo com a estatal, os valores devem ter alteração em um intervalo mínimo de 15 dias. Desde o fim do programa de subsídios, em dezembro de 2018, a estatal vem reajustando o preço do combustível em intervalos menores. A estimativa é que em 2019 o preço médio do diesel acumule alta de 18,4%
3- ‘Cartão Caminhoneiro’ permite motoristas comprarem combustível com preço fixo
Ainda nesta semana, a Petrobras e a BR Distribuidora afirmaram que estão desenvolvendo uma nova forma de pagamento para os caminhoneiros. A novidade pretende reduzir a volatilidade dos preços dos combustíveis.
O ‘Cartão Caminhoneiro’, como é chamado, permite a compra de diesel a preço fixo nos postos com a bandeira BR e deve ser destinado aos motoristas autônomos e proprietários de frotas de caminhões.
4- ‘Medidas anunciadas pela Petrobras não devem evitar nova paralisação’, diz líder dos caminhoneiros
O líder dos caminhoneiros, Wallace Costa Landim, conhecido como Chorão, afirmou que o congelamento no preço do diesel por períodos de 15 dias e o ‘Cartão Caminhoneiro’ ainda não são suficientes para evitar uma greve da categoria.
Apesar de pessoalmente não apoiar o movimento, Landim afirma haver de 15 a 20 grupos de articulação pela paralisação no WhatsApp. Eles fogem ao controle de lideranças sindicais com as quais o governo tem conversado.
Segundo ele, a pressão parte, principalmente, de caminhoneiros de Minas Gerais. Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte estão entre os que já sinalizaram que não aprovam a paralisação convocada para o próximo sábado, dia 30.
5- Governo acompanha possível greve
Enquanto isso, o governo, por meio do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), monitora a possibilidade de greve de caminhoneiros no país. O objetivo é ser mais ágil e efetivo e não deixar a situação sair de controle como aconteceu com o ex-presidente Michel Temer, no ano passado.
6- Entidades relatam insatisfação de motoristas
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) informou que vem percebendo uma insatisfação muito grande da categoria, o que pode refletir em uma possível nova paralisação.
“São inúmeros telefonemas e mensagens de insatisfação com o atual piso mínimo de frete, bem como a falta de fiscalização para o seu cumprimento”, afirmou a associação em comunicado.
Já a Confederação Nacional do Transporte (CNT) disse que acompanha o noticiário sobre a possibilidade de nova greve, mas ponderou que não há sinais de apoio popular a um movimento grevista, como se viu na paralisação de 2018.
Segundo o presidente da entidade, Vander Costa, caso ocorra a paralisação de caminhoneiros autônomos e o governo garanta a segurança dos caminhões que continuarão trafegando, as empresas manterão a frota nas estradas.
7- Novo estudo sobre a tabela do frete deve sair em 10 de abril
A Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o governo federal, está estudando a criação de uma nova tabela do frete.
Segundo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, a instituição de ensino está tentando criar um mecanismo de preços mínimos do frete que seja aceito por todos. A expectativa é que a USP apresente os resultados do estudo em 10 de abril.
8- ANTT já aplicou mais de mil multas por descumprimento da tabela do frete
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que está intensificando as ações de fiscalização em trechos rodoviários e as auditorias em empresas para cumprir a tabela de fretes. Segundo a entidade, já foram expedidos mais de 1.000 autos de infração.
Canal Rural