Boi & Suínos/CEPEA

Boi: Valorização do bezerro reduz poder de compra do terminador 

Os preços médios mensais do boi gordo seguem em alta e renovando as máximas reais da série histórica do CEPEA. Segundo pesquisadores, esse contexto traz certo alívio para os pecuaristas, especialmente para os terminadores, que se deparam com custos de produção bastante elevados. Além do encarecimento de insumos da alimentação, como milho e farelo de soja, os preços recordes dos animais de reposição têm pesado sobre os custos. Se avaliando a relação de troca de arrobas de boi gordo por animais de reposição (bezerro entre 8 e 12 meses) no estado de São Paulo, se verifica redução no poder de compra de produtores. Na parcial deste mês, pecuaristas paulistas precisam de cerca de 8,9 arrobas para a compra de um bezerro, contra 8,7 arrobas em outubro de 2019, ou seja, queda de 2,50% no poder de compra. Considerando toda a série histórica, a média da relação de troca é de 7,69 arrobas por bezerro, ou seja, a relação atual está quase 16% superior.

Suínos: Animal vivo segue se valorizando em todas as regiões 

As cotações do suíno vivo seguem em alta em todas as regiões acompanhadas pelo CEPEA. A oferta de animais para abate ainda é reduzida, ao passo que a demanda da indústria por novos lotes de suínos para abate continua aquecida. Com elevações no vivo, novos reajustes também são verificados nas cotações da carcaça.

Do lado dos custos, os preços internos do milho e do farelo de soja seguem renovando as máximas nominais, e as altas são mais intensas que as verificadas para o suíno vivo. Esse cenário acabou interrompendo o movimento de avanço no poder de compra de suinocultores frente a esses insumos de alimentação, que vinha sendo observado desde maio deste ano.

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