Boi
Poucos negócios de animais para abate têm sido realizados no mercado nacional nesta segunda quinzena de março. Segundo pesquisadores do CEPEA, muitos frigoríficos indicam ter escalas alongadas, e, por isso, compradores estão afastados do mercado nacional, efetuando aquisições de novos lotes de animais apenas quando há necessidade. Esse cenário tem enfraquecido as cotações internas do boi gordo. Quanto ao mercado externo, as exportações brasileiras de carne bovina in natura registraram ritmo mais lento na terceira semana de março.
Segundo dados da Secex, a média diária dos embarques foi de 7.697 toneladas até o dia 15 deste mês, totalizando apenas 84.670 toneladas embarcadas na parcial de março. Em fevereiro, a média diária foi de 9.430 toneladas. Em março/23, com a suspensão dos envios de carne bovina para a China, a média diária foi de apenas 5.408 toneladas, totalizando 124.390 toneladas naquele mês. Em março/22, a média diária foi de 7.700 toneladas, ou seja, praticamente a mesma da registrada atualmente.
Suínos
Enquanto os preços médios da carne suína registram leve queda neste mês, em relação ao anterior, os preços da de frango e da bovina registram quedas um pouco maiores, todas no atacado da Grande São Paulo. Com resultado, a proteína suína perdeu competitividade em relação às principais substitutas. Segundo pesquisadores do CEPEA, a pressão da carne suína está atrelada sobretudo à menor liquidez interna, principalmente na primeira quinzena.
Para a bovina, a maior oferta de animais para abate pode estar resultando em um aumento da disponibilidade de carne no atacado. E, para a de frango, a lentidão das vendas, sobretudo na segunda quinzena, pressionou as cotações. Além disso, agentes consultados pelo CEPEA indicam que o enfraquecimento no mercado também está relacionado ao período da Quaresma, quando a demanda por carne de peixe aumenta em detrimento da avícola.