Associtrus ficou de fora do Consecitrus

Associação de produtores diz ter sido excluída das discussões que resultaram na assinatura do estatuto para cadeia de citros

Após mais de dois anos de discussão e até mesmo depois da elaboração de um estatuto, a criação do Consecitrus – conselho com o objetivo de estabelecer políticas e diretrizes para a cadeia produtiva de citros – criou mais um impasse entre entidades representantes de produtores de laranja.

Com o documento pronto, o presidente da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp), Fábio Meirelles, exigiu uma representatividade maior da entidade no Consecitrus que a da Sociedade Rural Brasileira (SRB).

O pleito da Faesp irritou o presidente da SRB, Cesário Ramalho da Silva, que ameaçou retirar a entidade do Consecitrus. A Faesp exigiu o dobro de membros e, consequentemente, de votos, em relação à SRB, na formação do Consecitrus, o que criou o impasse.

A polêmica entre Faesp e SRB foi apenas mais uma envolvendo os produtores na formação do Consecitrus. Apesar das divergências o acordo foi assinado na última quarta-feira (18/4), mas após participar das negociações iniciais, a Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus) deixou-as e passou a criticar a forma como o estatuto do Consecitrus foi elaborado.

“Nosso enfoque era a composição da estrutura técnica do Consecitrus, enquanto as outras entidades envolvidas na discussão estavam preocupadas com a questão política. Isso nos excluiu da discussão”, disse Renato Queiroz, Presidente do Conselho da Associtrus. Segundo ele, há meses a entidade não recebia as atas de reuniões sobre o Consecitrus.

Depois da saída da Associtrus, os negociadores articularam a entrada da Cooperativa de Produtores Rurais (Coopercitrus) no conselho, mas houve um veto dos próprios representantes dos citricultores.

Fonte: Globo Rural

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