Média diária exportada de soja aumentou 84,60% em abril, na comparação anual

Em abril, até a quarta semana, o Brasil exportou, em média, 826.630 toneladas de soja em grão por dia. A média diária está 84,60% acima do registrado no mesmo mês do ano passado. Se este ritmo continuar na última semana do mês, o país pode exportar acima de 16 milhões de toneladas no acumulado de abril, o que seria recorde.

O maior volume mensal já embarcado foi de 12.35 milhões de toneladas, em maio de 2018. E o segundo maior volume já exportado foi este ano, em março, quando o país embarcou 11.64 milhões de toneladas do grão.

No acumulado de janeiro a março, últimos números consolidados, o Brasil exportou 18.25 milhões de toneladas de soja, 5,30% mais que no mesmo período de 2019.

A China comprou 74,10% do total exportado pelo Brasil esse ano. As exportações em bom ritmo, junto ao dólar valorizado, são os principais fatores de sustentação e altas nos preços da soja em grão no mercado brasileiro este ano.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, em Paranaguá (PR), praça referência, a saca de 60 quilos está cotada em R$ 105,00 (27/4). A soja está custando 38,20% mais na comparação com o mesmo período do ano passado.

Plantio nos EUA

Já o USDA divulgou o seu relatório semanal de acompanhamento de safras com os dados de plantio de soja e milho ligeiramente acima das expectativas do mercado.

O plantio do milho chegou a 27% da área, contra 7% da semana anterior e contra expectativas que variavam de 20 a 25%. Há um ano esse percentual era de 12% e a média dos últimos cinco anos é de 20%.

O boletim mostrou ainda que 3% das lavouras de milho já emergiram, contra 2% do ano passado, nesse mesmo período, e 4% de média dos últimos cinco anos.

Ainda segundo os números do USDA, o plantio da soja passou de 2% para 8%, contra 2% de 2019, neste mesmo período, e 4% da média dos últimos cinco anos.

“Estes números mostram que o clima está bom no Corn Belt”, disse o consultor Fernando Pimentel, da Agrosecurity Consultoria.

E as condições favoráveis permitem aos produtores norte-americanos um bom início da safra 2020/21, ao contrário do que aconteceu no ano passado, quando o cenário era muito adverso com o excesso de chuvas, cheias dos rios e enchentes por todos os lados.

 

Agrolink/Notícias Agrícolas

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