Desempenho externo das carnes na segunda semana de agosto

Nos últimos 150 meses, isto é, desde março de 2006 – 12 e meio anos atrás, em apenas duas ocasiões, a receita cambial das carnes in natura ficou, pela média diária, abaixo dos US$ 30 milhões. A primeira foi registrada exatamente no início desse período (março de 2006), mês em que a receita média diária ficou em US$ 26.464 milhões. A segunda está sendo registrada agora, em agosto corrente.

Isso mesmo: nos oito primeiros dias de agosto, período que abrange a primeira e segunda semanas do mês e que teve oito dias úteis, a receita da carnes ficou, segundo os dados divulgados ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC), em US$ 29.724 milhões /dia, recuando quase 60% em relação ao mês anterior (US$ 72.101 milhões/dia em julho passado – recorde absoluto na história das exportações de carnes) e mais de 50% em relação a agosto de 2017 (US$ 63.602 milhões/dia).

Índices igualmente elevados de redução são observados nos volumes embarcados. Em comparação a julho passado e ainda pela média diária, a carne suína tem queda de, praticamente, 47%, a carne bovina de 54% e a de frango de 60%. Já em relação a agosto de 2017, essas quedas estão em, respectivamente, 46%, 49% e 52%.

Supondo que as médias até aqui registradas persistam no restante do mês, o volume total de carnes embarcadas em agosto não chegará às 278.000 toneladas, transformando-se no pior resultado da corrente década. Desse total, 66% (183.200 toneladas) estarão representados pela carne de frango, pouco mais de 22% (62.900 toneladas) pela carne bovina e perto de 12% (31.800 toneladas) pela carne suína.

Não custa ressalvar que todas essas projeções estão baseadas nos dados ontem divulgados pela Secex/MDIC. Ou seja: na prática, as exportações brasileiras de carnes estão caminhando (embora com grandes dificuldades) bem melhor do que vem sendo apontado.

 

Fonte: AviSite

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