Déficit de armazenagem deve chegar a 38 milhões de toneladas em Mato Grosso

Embora lidere a produção agrícola do Brasil, somando 25% de toda a safra de grãos, Mato Grosso ainda enfrenta problemas com o recolhimento de soja e milho. No último ano, em paralelo aos recordes nas lavouras, também foi registrado o maior déficit de armazenagem da história.

O estado, que colheu 62 milhões de toneladas, amargou a insuficiência de estocagem para pelos menos 25 milhões deste total. Os dados são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Considerando a margem de segurança da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que é de 20% em cima de tudo que se produz em grão, o déficit deve aumentar 38 milhões em Mato Grosso. O cenário se repete Brasil afora.

Atualmente o país tem capacidade para estocar até 157.6 milhões de toneladas, o que significa dizer que falta espaço para estocar mais de 32% do que foi colhido – cerca de 75 milhões de toneladas.

Isto se deve ao fato do descompasso no crescimento da produção, que ocorreu muito além da capacidade de armazenamento. A solução para este problema começa a ganhar corpo com a adoção de sistemas como o +Safra, por exemplo. Oferecido pela empresa Agromexport Brasil, ele promove a implantação de unidades completas de medição, processamento e armazenagem dentro das fazendas.

Essas unidades contam com balança rodoviária, laboratório para medição de umidade e impurezas, equipamentos de limpeza e para secagem, transportadores e armazenagem. Além de sanar um gargalo, as vantagens estão também no modelo de negócio oferecido pela empresa.

Isto porque a marca assume completa responsabilidade pelos investimentos e implantação, livrando o produtor de qualquer risco de obra, de preço de materiais, preços de equipamento, licenciamento ambiental, projeto, montagem, etc.

“O fazendeiro não faz nenhum investimento ou desembolso. Só começa a pagar após receber a unidade pronta e funcionando, com seu pessoal treinado para a operação e manutenção”, disse o presidente da Agromexport Brasil, Luiz Trevisani.

Segundo o superintendente do Imea, Daniel Latorraca, o produtor chega a perder até R$ 3,00 por saca com a venda imediata da safra e também por ter que entregar às tradings, ficando refém também da avaliação deles sobre o nível de impureza dos grãos. Além disso, há uma questão da logística, pois o produtor paga mais caro o frete no período da safra, reduzindo ainda mais a margem de lucro.

Com o + Safra, o produtor só começa a pagar o arrendamento quando já estiver usando a unidade, que é entregue completa e com os funcionários da fazenda treinados para operar os equipamentos.

“O arrendamento será pago com parte do que o produtor deixa de perder, e ainda vai ficar com a unidade ao final do contrato. Assim ganha uma unidade na sua fazenda sem investir, sem ter o trabalho de implantar e ficando com mais dinheiro a cada ano”, disse Trevisani.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso, Normando Corral, acredita que a construção de armazéns nas fazendas é uma ótima alternativa e sugere, para os que não atingem o nível de produção necessário, a opção de condomínio – associação com vizinhos ou cooperativas, formadas pelos agricultores.

Segundo a Agromexport, o sistema + Safra chega a Mato Grosso em abril deste ano. É um modelo de negócio vantajoso que permite ao produtor evitar grandes perdas e ficar fora do sistema bancário, não ocupando o limite de crédito do produtor. A avaliação de crédito é facilitada, sem burocracia e em menos de 30 dias.

As unidades +Safra são modulares e oferecidas em vários tamanhos e configurações, para atender as necessidades de cada produtor, sendo a partir de 100.000 sacas.

 

Fonte: Agro Olhar

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