Soja fecha em alta pela segunda sessão consecutiva, tentando recuperar perdas

Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em alta pela segunda sessão consecutiva. Contudo, apesar do fechamento positivo, ainda não conseguiram se recuperar as perdas registradas no dia 9. Os principais vencimentos registraram ganhos de 7,75 a 8,50 centavos, com maio/18 cotado a US$ 10,48 ¾ e o julho/18 a US$ 10,59 ½ o bushel.

Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT também fecharam em alta pela segunda sessão consecutiva. Contudo, apesar do fechamento positivo, ainda não conseguiram se recuperar as perdas registradas no dia 9. Os principais vencimentos registraram ganhos de US$ 4,40 a US$ 5,10 por tonelada curta, com maio/18 cotado a US$ 375,50 e o julho/18 a US$ 377,50.

Mercado Interno

A saca no mercado disponível foi cotada a R$ 79,50 no porto de Paranaguá e a R$ 77,80 no de Rio Grande. As altas foram de 0,63% e 0,39%, respectivamente. Já a saca para embarque maio/18  foi cotada a R$ 79,50 e R$ 78,30, em alta de 0,63% no terminal paranaense e de 0,38% no gaúcho. Nos melhores momentos, a saca foi negociada a R$ 80,00 nos portos.

No interior do país, as altas foram mais tímidas e pontuais. As praças do Rio Grande do Sul fecharam o dia subindo pouco mais de 0,70%, coma saca cotada entre R$ 67,00 e R$ 68,00 e em Londrina, no Paraná, foi cotada a R$ 69,00 em alta de 0,73%.

Em Tangará da Serra, a alta foi de 1,61% para R$ 63,00 e de 0,82% em Campo Novo do Parecis, para R$ 61,50. Nas demais praças de Mato Grosso e da região Centro-Oeste, os preços permaneceram estáveis. Em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, alta de 0,74% para R$ 68,00.

Com as altas ainda limitadas, os negócios seguem pontuais no Brasil, com os produtores ainda muito atentos às movimentações na Bolsa de Chicago, esperando por uma recuperação mais consistente das cotações.

“O mercado brasileiro da soja teve um dia de apelo levemente positivo, mas ainda bem abaixo dos bons momentos de duas semanas atrás. Com isso, os vendedores que já fizeram posições no final de fevereiro agora estão na expectativa de novos ganhos. Desta forma, poucos estão aparecendo para vender”, disse o consultor Vlamir Brandalizze.

Para o consultor, os movimentos de embarque nos portos brasileiros permanecem bastante aquecidos, o que pode indicar que o volume de exportações de soja do país em março pode voltar a bater em bons números. Na outra ponta, os compradores também permanecem bastante presentes e ativos, como também disse Brandalizze, “apontando que vão embarcar grandes volumes nos próximos dias”.

Reflexo disso são os prêmios muito altos que têm sido praticados nos portos brasileiros em pleno andamento da colheita. Somente em Paranaguá, as principais posições de entrega têm entre US$ 0,88 e US$ 0,92 acima da cotação da Bolsa de Chicago. Com isso, ao considerar o vencimento maio/18, a cotação da soja brasileira passa a ser de US$ 11,38/bushel.

Milho: Baixa disponibilidade impulsiona cotações na BM&F e o novembro/18 bate limite de alta

Os contratos futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em leve alta. Os principais vencimentos registraram valorizações de 1 a  1,75 centavos. O março/18 fechou cotado a US$ 3,91 ¾ e o maio/18 a US$ 3,99 ¾ o bushel.

As cotações continuam sendo sustentadas pelas preocupações com o clima na Argentina. As lavouras já apresentam perdas consolidadas e segundo dados da Reuters internacional “é improvável que as plantações sejam ajudadas significativamente por chuvas ao longo dessa semana”.

Do mesmo modo, as agências internacionais destacam que as reduções da safra da Argentina e dos estoques americanos pelo USDA também dão suporte aos preços. Por outro lado, a demanda tem mostrado a sua força e ainda nesta segunda-feira o departamento divulgou duas vendas de 362.552 toneladas do cereal.

Hoje, o USDA reportou a venda de 210.000 toneladas de milho da safra 2017/18 para a Coreia do Sul. Porém, a venda é de origem opcional, que pode ser dos EUA ou de outro país exportador, inclusive o Brasil.

As cotações continuam sendo impulsionadas pela retração vendedora que tem sido observada no mercado. Além disso, as preocupações com o clima na Argentina, e as perdas já consolidadas, e as incertezas com a segunda safra no Brasil também contribuem para a formação do cenário positivo.

A sessão desta terça-feira (13/3) foi de forte alta para os contratos futuros do milho na BM&F Bovespa. Os principais vencimentos subiram entre 3,11% e 4,93%. O novembro/18 bateu limite de alta, em alta de mais de 5%, e finalizou o dia cotado a R$ 37,55/saca. Já o março/18 rompeu o patamar de R$ 43,00/saca, e fechou cotado a R$ 43,10.

O consultor Vlamir Brandalizze, disse que baixa disponibilidade do produto em São Paulo tem alavancado as cotações. “E a demanda no estado é grande e as empresas não trabalham com grandes estoques. Com isso, o cenário tem dado fôlego para as especulações”.

Esse cenário tem preocupado a ponta da cadeia, as indústrias de proteína animal. Inclusive, o consultor ressalta que já há especulações no mercado sobre compras de milho do Paraguai e da Argentina.

Enquanto isso, a colheita da safra de verão, que também foi plantada com atraso, está próxima de 30% a 35%. “Temos até esse momento, cerca de 8 milhões de toneladas colhidas, de uma safra estimada em 24 milhões a 25 milhões de toneladas”, disse Brandalizze.

A expectativa é que o clima contribua e os agricultores consigam evoluir com a colheita da soja e, consequentemente, com a do milho. Esse é o caso de Minas Gerais, segundo maior produtor do grão na safra de verão.

Ainda assim, o consultor alerta que o movimento altista no milho não tem um fôlego tão grande. “Com o andamento da colheita da safra de verão, poderemos ter uma limitação nas valorizações. Então, os agricultores devem aproveitar os momentos de alta”, disse Brandalizze.

Em relação à safrinha, o consultor ainda reforça que, apesar de parte da safra ser cultivada fora da janela o clima tem contribuído até o momento e as previsões ainda indicam chuvas nos próximos meses, especialmente no Centro-Oeste. As atenções ainda seguem voltadas para o Paraná diante da possibilidade de geadas.

“Em Mato Grosso, o plantio já está completo em 95% da área esperada. Em Mato Grosso do Sul e Goiás, o índice está próximo de 90%. E, se tivermos uma boa safrinha, os preços podem se acomodar em patamares mais baixos do que os atuais praticados. Ainda assim, acima do registrado no ano passado”, disse Brandalizze.

No mercado doméstico, a saca do milho subiu 6,90% e terminou o dia cotada a R$ 31,00 em Campo Grande (MS). Já em Pato Branco (PR), a alta foi de 6,62%, com a saca cotada a R$ 32,20. Na região de Assis (SP), a saca subiu 5,26%, e foi cotada a R$ 34,00. Em Campinas (SP), a alta foi 1,17%, com a saca cotada a R$ 43,10 a saca. No Porto de Paranaguá, o dia foi de estabilidade, com a saca futura cotada a R$ 33,50.

Comercialização de milho avança em MT

A comercialização da safra de milho 2017/18 registrou avanço importante, com a recuperação dos preços trazendo boas oportunidades ao produtor mato-grossense, disse o Imea em boletim.

As vendas alcançaram 37,7% do total de 25.9 milhões de toneladas estimado, avançando 12% durante o mês.

Na mesma época do ano passado, a comercialização estava ligeiramente mais adiantada.

Além do mercado externo, os preços têm sido alavancados também no mercado interno, principalmente nas regiões que apresentam maior confinamento, disse o Imea.

Preço do milho sobe 12,84% em Mato Grosso do Sul

O preço do milho em Mato Grosso do Sul subiu 12,84% entre 02 e 09 de março. Os dados são da Unidade Técnica do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS e foram divulgados no último Boletim Casa Rural.

A cotação do grão subiu de R$ 27,25 para R$ 30,75 a saca. Segundo o analista técnico, Luiz Gama, em relação ao mesmo período do ano passado, a alta foi de 18%. “Fatores internos e externos impulsionaram o mercado do milho. Em destaque, a perspectiva de aumento da demanda por parte da indústria de proteína animal”.

Segundo Gama, no mercado internacional, continua influenciando o crescimento das exportações do setor agrícola, assim como a redução da oferta de milho, principalmente, da Argentina. “O USDA estima uma queda de 7,6% na produção do país vizinho e uma diminuição de 9% nas exportações”.

Na primeira semana de março, o preço da saca da soja recuou apenas 0,09%, encerrando o período cotado a uma média de R$ 66,81. Em comparação ao mesmo período do ano passado, quando a saca era vendida a R$ 58,56, o aumento é de 14,15%.

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