Criação de duas frentes parlamentares em defesa do setor sucroenergético marca a Fenasucro

Fenasucro 2013 (Foto: Adilson Lopez)
Fenasucro 2013 (Foto: Adilson Lopez)

Um dos destaques da 21ª Fenasucro – Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética, foi o Ato Público em Defesa da Cadeia Produtiva Sucroenergética, realizado dia 30 de setembro, no Teatro Municipal de Sertãozinho, SP, com a participação de todos os elos do setor. Durante o evento, foram criadas duas frentes parlamentares, formadas por deputados estaduais, federais e senadores, para a defesa da cadeia produtiva, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e no Congresso Nacional.

Durante o ato idealizado pelo prefeito de Sertãozinho, Zezinho Gimenes, também foi divulgado um denominado Carta de Sertãozinho, com as dificuldades e reivindicações dos produtores e trabalhadores que começarão uma série de atos nas principais regiões canavieiras do País, com o objetivo de sensibilizar o governo federal para a crise do setor, que perdura desde 2007.

A Frente Parlamentar do Legislativo Paulista foi iniciativa dos deputados estaduais Welson Gasparini (PSDB) e Roberto Morai (PPS) e a Frente Parlamentar do Congresso Nacional, pelos deputados federais Arnaldo Jardim (PPS-SP), Mendes Thame (PSDB-SP) e Duarte Nogueira (PSDB-SP), presentes no evento.

Também participaram do ato público os secretários estaduais de São Paulo, Mônika Bergamaschi, da Agricultura, e Davi Zaia, da Gestăo Pública, este representando o governador Geraldo Alckmin. Também estiveram presentes cerca de 50 prefeitos e mais de 100 representantes de municípios canavieiros.

Segundo o prefeito de Sertãozinho, o ato foi muito positivo e contou com a adesão de lideranças políticas e entidades de classe. “Não estamos culpando ninguém pela crise, mas vamos levar em frente o movimento para chegar ao governo federal, afinal, precisamos tomar medidas para melhorar o setor”, defendeu Zezinho Gimenes. Ele lembrou que o segmento que emprega 2,5 milhões de trabalhadores, é formado por cerca de 400 usinas, 80 mil fornecedores de cana e 4 mil indústrias de base, distribuídos em mais de 600 municípios brasileiros, que produzem acima de 5000 hectares de cana por ano.

De acordo a Carta de Sertãozinho, 44 usinas deixaram de moer cana nas últimas duas safras; mais de 10 deixarão de moer na próxima safra; 100 mil empregos foram extintos no período; a desnacionalização ultrapassa 40% do setor; as indústrias da cadeia produtiva não têm encomendas e trabalham com 50% da sua capacidade nominal. Além disso, não existem projetos de novas plantas, conforme a carteira de consultas do BNDES.

Segundo a carta, no momento, há uma demanda emergencial que poderia reduzir os prejuízos da produção, enquanto se inicia um processo para uma demanda vital, que remunere o etanol de forma justa, viabilizando a sustentação definitiva do setor. Como de demanda emergencial, a proposta é estender ao etanol e a cana-de-açúcar em todo país os termos e as subvenções descritas na medida provisória 615, relativas à Região Nordeste. E, como demanda vital: estender ao etanol tratamento isonômico na formação de preços que se dá à gasolina, ou desatrelar seus preços, oferecendo isonomia de mercado aos fornecedores dos dois combustíveis.

A 21ª Fenasucro – Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética, realizada de 27 a 30 de setembro, em Sertãozinho, SP, recebeu mais de 33 mil visitantes de 20 estados brasileiros e 30 países. A Reed Multiplus, organizadora do evento, prevê que o volume de negócios iniciados na feira superem os R$ 2,2 bilhões nos próximos meses.

Por Equipe SNA/SP

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