“Não há duvida de que o preço das terras continuará subindo nos próximos anos”. A afirmação foi feita por André Pessoa, diretor-presidente da Agroconsult durante palestra realizada no 3º Congresso Brasileiro de Fertilizantes, nesta segunda-feira (26/08) em São Paulo.
Para o consultor, a terra é de fato o único recurso escasso no Brasil e tende a continuar valorizada nos próximos cinco anos, período em que, segundo ele, a tendência é de que a questão logística deve ser resolvida no Mato Grosso. “Temos que ter esperança. Acredito que nos próximos cinco anos haverá a tão sonhada saída pela BR-163”.
Em sua apresentação, Pessoa mostrou que a lucratividade das lavouras de soja e de milho no Brasil continuarão positivas nos próximos três anos, ainda impulsionadas pelos bons preços da commodity no mercado internacional e pela valorização do dólar.
“O agronegócio seguirá positivo nas próximas safras, os problemas estão nos setores que circundam a atividade, como a infraestrutura e a falta de política clara”, diz.
Segundo ele, a média de preços do milho, que se situa em US$ 5 por bushel, deve alcançar US$ 5,5 em 2014 e 2015, garantindo rentabilidade. Pessoa estima o consumo de fertilizante em 30,3 milhões de toneladas este ano, e em 31,3 milhões em 2014.
A grande incógnita para os próximos cinco anos, para o diretor da Agroconsult, é o setor de açúcar e etanol, que depende de uma política mais racional para a gasolina. “A produção de cana pode oscilar entre 798 e 887 milhões de toneladas na safra 2018/19 dependendo do apoio que o governo dará ao etanol no Brasil”.
Fonte: Globo Rural