Por falta de liberação do Ibama para a dragagem do canal do Superporto do Rio Grande, hoje os navios graneleiros carregados não conseguiram mais sair porque dependem exclusivamente da maré alta. Ao contrário do que ocorria historicamente, com licenças ambientais específicas para a dragagem, agora o Ibama condicionou a liberação ao licenciamento ambiental de todo porto – um complexo e lento processo.
A percepção é de que falta sensibilidade ao órgão federal em agilizar os processos necessários. Por si só, a combalida situação financeira do Rio Grande do Sul já seria motivo para um mutirão ambiental, uma análise emergencial, antes que o pior aconteça. Um estado que hoje sobrevive do agronegócio, em plena Expointer, tem seu porto exportador parado, abarrotado de grãos que não saem, com indústrias em todo interior parando na sequência.
Com milhares de desempregados e uma arrecadação em queda que não permite pagar professores e policiais em dia, criar um novo gargalo para toda classe produtiva, que já passa por dificuldades, não parece sensato. É preciso que o Ibama dê atenção especial à gravidade do problema, agilizando o correto processo legal.
Desta vez não se trata de falta de recursos, mas da vontade política de enfrentar o problema com bom senso e celeridade, para que os prejuízos aos gaúchos não se multipliquem a cada dia.
Fonte: Agrolink