Novas projeções do USDA apontam que neste ano a produção de carne de frango do México deve girar em torno dos 3.384 milhões de toneladas, o que, se confirmado, vai significar aumento de cerca de 3% em relação ao que foi produzido no ano passado. Poderia ser mais, pois o consumo tende a um crescimento ligeiramente maior, da ordem de 3,36%.
Mas, na esteira do surto de Influenza Aviária que afetou grande parte do país cinco anos atrás, a avicultura mexicana ainda investe no melhoramento de seu sistema produtivo, o que envolve não apenas questões de biossegurança, mas a intensificação das integrações verticais, a construção de incubatórios mais eficientes, abatedouros específicos para o processamento de aves de descarte e a destinação da cama de aviários exclusivamente para a agricultura, como fertilizante.
Uma vez que a produção continua insuficiente para atender a demanda interna, o México permanece dependente das importações que, no exercício passado, aumentaram apenas 1,27% em relação ao ano anterior, mas em 2017 tendem a aumentar 5%, chegando a 840 mil toneladas.
Os principais abastecedores externos da carne de frango consumida pelos mexicanos são os EUA que, com a perda do mercado russo em 2014, transformaram o país vizinho no maior importador do produto norte-americano. Porém, em decorrência do surto de Influenza Aviária que também enfrentaram entre o final de 2014 e 2015, os EUA acabaram perdendo terreno.
O próprio USDA contabiliza essas perdas e observa que a participação do frango norte-americano nas importações mexicanas recuou de 94,3% em 2015 para cerca de 90% no ano passado. E quem ocupou as brechas surgidas foram Chile e Brasil.
De acordo com o USDA, o mercado mexicano está experimentando forte aumento de demanda por novos produtos à base de carne de frango. Como o Brasil vem evoluindo constantemente no mercado de congelados, pode se tornar competitivo no decorrer de 2017. O desafio, aí, parece ser apenas de ordem logística. Pois os EUA acessam o mercado mexicano por terra. Já o Brasil…
Fonte: AviSite