Preço da semente do milho preocupa

Na safra em que o Rio Grande do Sul poderá aumentar em até 20% a área plantada com milho, o preço da semente está assustando os produtores.

Em algumas regiões, segundo agricultores, o aumento do principal insumo da lavoura chega a 50%, na comparação com o ano passado.

– Recebemos relatos de que a saca custava R$ 500,00 em 2015 e agora estão cobrando quase R$ 800,00 – disse Claudio de Jesus, presidente da Associação dos Produtores de Milho do Estado (Apromilho). A semente representa, em média, 30% dos custos de produção. – Esse aumento não estimula em nada o produtor de milho – resume o dirigente.

Os produtores reclamam que o reajuste está sendo feito em momento de valorização da cultura, quando a procura por sementes tende a ser maior.

Embora desconheça que o aumento de algumas variedades de semente tenha chegado a 50%, a Associação dos Produtores e Comerciantes de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul (Apassul) explica que reajustes são naturais quando o preço da matéria-prima sobe.

– A saca de milho chegou a custar R$ 60,00. O valor da semente está atrelado ao custo do grão – pondera Narciso Barison Neto, presidente da Apassul. Os reajustes, segundo Barison, são definidos também de acordo com políticas das empresas detentoras de tecnologia – a maioria, multinacionais. – Mas claro que os aumentos também são motivados pelo mercado aquecido – conclui Barison.

Uma das principais detentoras de tecnologia de sementes de milho no País, a Monsanto nega que o aumento médio de variedades tenha chegado a 50%. Informa, no entanto, que o reajuste foi necessário por conta do avanço dos custos de produção.

Além do preço do grão haver subido 80% em um ano, houve aumento do preço do óleo diesel e da energia elétrica – usada na produção irrigada de sementes.

– O impacto do custo é determinante para definição de preço. Mesmo assim, o repasse foi menor – afirma o gerente de negócios de milho verão da Monsanto, Leonardo Barbosa.

 

 

Fonte: Zero Hora

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