As vendas de carne bovina brasileira para a China deverão dobrar em 2016, na comparação com o ano passado, chegando a cerca de 200.000 toneladas, o que tornaria o Brasil o principal exportador do produto para o gigante asiático, segundo estimativas do Rabobank divulgadas na quarta-feira (23).
Apesar da redução no ritmo de crescimento da economia, as importações de carne bovina chinesas aumentaram 60% em 2015, ante 2014. A China abriu o mercado para a carne bovina brasileira em maio de 2015 e, desde então, está habilitando um número crescente de frigoríficos do Brasil a exportarem o produto. Segundo o Rabobank, atualmente, 16 plantas de carne bovina brasileira estão habilitadas pela China.
“Além disso, a fraqueza do real ante o dólar está mantendo a competitividade do Brasil em relação a outros grandes exportadores de carne bovina”, avaliaram os analistas do Rabobank em relatório.
As compras de carne bovina por Hong Kong, outro importante destino para o produto brasileiro, também deverão ficar acima dos níveis de 2015, segundo o Rabobank, que espera que as exportações totais de carne bovina brasileira aumentem 10% no primeiro semestre deste ano.
“O possível primeiro embarque de carne in natura para os Estados Unidos durante o primeiro semestre de 2016 irá provavelmente sustentar uma taxa de aumento ainda maior para as vendas de carne bovina brasileira no segundo semestre”, escreveram os analistas.
O Rabobank voltou a afirmar que espera uma melhora na oferta de boi no Brasil a partir do segundo semestre, mas que isto só deverá resultar em aumento na produção de carne em 2017.
Diante do aumento da demanda pelo produto brasileiro em um momento em que a oferta de gado para abate ainda é reduzida, o Rabobank considera que o preço da carne bovina poderá atingir níveis recordes em 2016.
O diretor da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu Frederico Cunha Mendes disse à CarneTec, nesta semana, que não espera grande aumento na oferta de gado em 2016.
Fonte: CarneTec Brasil