Uma joint venture entre China e Coreia do Sul pretende construir em Tianjin, metrópole próxima a Pequim, a maior fábrica de clonagem do mundo, que poderá produzir até 1 milhão de bovinos clonados por ano, além de cães e até espécies ameaçadas de extinção.
O anúncio, feito pela BoyaLife, uma companhia chinesa de biotecnologia, demonstra a escala das ambições da China na área de biotecnologia agropecuária. A Europa, onde em 1996 nasceu o primeiro mamífero clonado, a ovelha Dolly, não permite a clonagem de animais de criação.
Xu Xiaochun, executivo-chefe da BoyaLife, disse que o objetivo principal é a produção em massa de bezerros de elite para atender à crescente demanda chinesa por carne bovina de qualidade. A parceira da BoyaLife é a Sooam Biotech, uma companhia de pesquisas sul-coreana que já produziu 550 filhotes clonados desde 2005.
A Sooam é comandada por Hwang Woo-suk, um cientista sul-coreano cuja reputação foi abalada em 2005 quando emergiu que ele falsificou parte de sua “pioneira” pesquisa com células-tronco humanas. Mas seu trabalho com animais, que inclui Snuppy, o primeiro cão clonado do mundo, foi bem-sucedido. Em 2014, Sooam e BoyaLife se uniram para clonar uma raça rara de cães tibetanos.
O laboratório de Tianjin vai produzir cães para a polícia, para tarefas como detecção de bombas e busca e resgate, segundo informou Xu. Mas sua principal atividade será a clonagem de bovinos. Xu disse que vai produzir 100 mil bovinos por ano na “primeira fase”, e 1 milhão na segunda. A produção deverá ter início no início de 2016, após um aporte de de 200 milhões de yuans (US$ 31 milhões), de acordo com a Xinhua, agência oficial de notícias chinesa.
Fonte: Valor Econômico