Reavaliação do Glifosato: nova gestão Anvisa reinicia processo do zero

De acordo com o diretor executivo da Aenda, Tulio de Oliveira, os novos diretores que assumiram a Anvisa estão tendo que reiniciar preticamente do zero o processo de reavaliação de diversos agroquímicos – entre eles o glifosato. “Os atuais gestores da Anvisa herdaram problemas advindos da insensatez de dirigentes anteriores, que se pautavam por uma idéia fundamentalista de ser contra os agrotóxicos”, lamenta.

Segundo ele, “herdaram uma fila em torno de 2.500 processos e herdaram uma reavaliação por atacado de 14 ingredientes ativos iniciada em 2008. Ora, uma instituição que alardeia falta de pessoal e por isso não dá conta da fila, como pode achar que poderia realizar a proeza de reavaliar 14 ativos? Fácil, ‘não seremos nós, vamos contratar a Fiocruz’”.

Tulio de Oliveira revela que os “pareceres iniciais da Fiocruz (que é inimiga gratuita dos agrotóxicos), foram carimbados e diversos produtos foram banidos. A nova gestão, ao averiguar os pareceres da Fiocruz sobre os seis ativos que sobraram, compreendeu que não havia ciência nos documentos, só rancor. Fizeram então bolinhas dos pareceres e jogaram no lixo”.

“O fim dessa história não foi desenhado ainda. A juíza negou essa semana o pedido de extensão de prazo para reavaliar esses ativos, dentro da Ação Pública movida pelo MPF para finalização das reavaliações. A reavaliação é um processo complexo de revisão do dossiê da substância à luz de novas informações científicas. Deve ser realizado com bastante responsabilidade e acurácia, e não deve visar o banimento, mas ajustes se necessários, relativos aos cuidados com a saúde e meio ambiente”, conclui o dirigente.

 

Fonte: Agrolink

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