O ritmo recorde de importações de soja pela China está perdendo fôlego, no que provavelmente será um golpe para exportadores dos Estados Unidos, que normalmente enviam 40% de sua safra anual para os chineses, maiores compradores do mundo no período de outubro a dezembro.
Já sem contar com o mercado aquecido visto em julho, as chegadas mensais na China devem cair mais, conforme margens negativas de esmagamento forçam processadoras a controlar os gastos.
A disponibilidade de um amplo suprimento barato da América Latina neste ano torna o cenário ainda pior para os exportadores norte-americanos, o que conduziu os preços de referência em Chicago às mínimas em seis anos.
“O que vimos em julho está acabado”, disse o gerente de uma trading internacional em Cingapura, referindo-se às compras chinesas. “No quarto trimestre, vamos apenas alcançar as importações do ano passado.”
As vendas do Brasil para a China estavam cotadas em US$ 375,00 a tonelada, incluindo custo e frete, para chegada entre fevereiro e março, contra grãos norte-americanos oferecidos ao redor de US$ 400,00.
“As vendas de soja dos EUA vão crescer apenas gradualmente. As vendas neste ano foram afetadas por uma temporada estendida nos mercados da América do Sul. A margem de moagem para a soja norte-americana ainda é negativa, enquanto a depreciação do yuan aumentou os custos de importação”, disse Monica Tu, uma analista na consultoria Shanghai JC Intelligence.
Fonte: Reuters