O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, reuniu ontem (25) produtores e dirigentes de instituições financeiras para avaliar o fluxo na liberação de recursos para a safra 2015/2016.
A iniciativa visa a estabelecer um monitoramento permanente do volume de recursos liberados pelos bancos para o custeio da safra.
Nos últimos dias, o ministério tem recebido queixas de diversos setores de que os bancos estão lentos na concessão e exigentes em relação às garantias na contratação do crédito rural. Mais que o habitual.
Os produtores reclamam de taxas de juros elevadas, operações com mix de taxas e até mesmo de casos de venda casada no momento do financiamento.
Na avaliação do ministério, os dados técnicos mostram que se trata de uma questão de fluxo de recursos e não de escassez de crédito.
Em que pese no primeiro semestre deste ano, comparado com o de 2014, ter havido uma queda de 9%, em julho houve um expressivo crescimento de 32% na liberação total de crédito rural em relação a igual mês do ano passado.
Em julho de 2014, foram liberados R$ 8.6 bilhões, enquanto que no mês passado o crédito saltou para R$ 11.4 bilhões, dando início à tendência de maior liberação de recursos.
Esse quadro demonstra que, no mês passado, os bancos entraram firmes no crédito à agricultura, que atingirá até o final da safra R$ 187.7 bilhões.
O total de recursos liberados pelos bancos públicos no mês passado atingiu R$ 6.8 bilhões, com um aumento de 62% no volume de crédito, em relação a julho de 2014.
Os bancos privados aumentaram em 6% a oferta de crédito e ofereceram R$ 3.7 bilhões aos agricultores.
Na reunião estiveram presentes a Aprosoja, Abramilho, Abrapa, Federarroz, OCB, Ocepar e a Confederação Nacional da Agricultura (CNA).
As instituições financeiras privadas foram representadas pela Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), além do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal.
A reunião também contou com a participação de representantes do ministério da Fazenda.
Fonte: Mapa