Vendas de máquinas agrícolas continuam retraídas

As vendas domésticas de máquinas agrícolas continuaram retraídas em novembro. Segundo dados divulgados ontem pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), somaram 3.065 unidades no mês passado, 21,4% menos que em outubro e resultado 14,9% inferior ao de novembro do ano passado. Com isso, nos onze primeiros meses do ano, o aumento em relação ao mesmo período de 2016 diminuiu para 2,6% (40.545).

Segundo Alfredo Miguel Neto, vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), os recuos estão ligados à expectativa dos produtores em relação à ampliação do prazo de carência do Moderfrota, linha de crédito incluída no Plano Safra.

A mudança deverá se concretizar ainda neste mês, a partir da aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN). Atendendo a uma solicitação do Ministério da Agricultura, o Tesouro Nacional concordou em ampliar de 12 para 14 meses o prazo de carência da linha. Até a safra 2016/17, eram 18 meses.

 

Segundo Miguel Neto, sempre que há uma instabilidade nas regras do Moderfrota, há um receio do produtor em fazer investimentos – e, nesse caso, como o que estava em jogo era uma melhora nas condições de pagamento, muitos preferiram adiar as compras. “Também havia uma expectativa de que os juros da linha poderiam cair. Mas já nos foi sinalizado que a taxa não vai sofrer alteração até o próximo plano-safra que se inicia em julho”.

As exportações de máquinas, em contrapartida, permaneceram em alta. Alcançaram 1.443 unidades no mês passado, 2,9% a mais que em outubro e 96,1% superior ao de novembro de 2016. Assim, a produção nacional atingiu 3.963 unidades, com quedas de 11,2% sobre outubro e de 28,4% em relação a novembro do ano passado.

De janeiro a novembro, as exportações subiram 49%, para 12.883 unidades, e a produção nacional registrou um aumento de 8,1%, para 52.264 unidades. Já o número de empregos no segmento recuou 2,1% em novembro em relação a outubro, para 18.621, mas aumentou 9,3% na comparação com novembro de 2016.

 

Fonte: Valor Econômico

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