Valor Bruto da Produção do milho cresce 38,46%

O Valor Bruto da Produção (VBP) do milho registrou crescimento de 38,46% este ano, passando de R$ 3.9 bilhões em 2016 para R$ 5.4 bilhões na temporada atual. O indicador é a expressão monetária da soma de todos os bens e serviços produzidos no agronegócio num dado período de tempo.

Para se ter uma ideia, a estimativa do VBP total da agropecuária brasileira de 2017 é de R$ 546.3 bilhões. Trata-se do melhor resultado dos últimos 27 anos, com um montante 5,3% superior ao do ano passado, que foi de R$ 519 bilhões.

Destaca-se o crescimento do valor do milho que, neste ano, foi 25,7% superior a 2016 (registrando resultado negativo). Como parâmetro, a produção de milho em 2017 deve influenciar em até 8,4% no Valor Bruto da Produção Agropecuária do Mato Grosso do Sul, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Alysson Paolinelli, a elevação do VBP do milho neste ano mostra que a cultura está ganhando contornos de boa valorização. Para ele, isso demonstra que o milho continua sendo importante na produção agrícola, ganhando reconhecimento do mercado.

Ex-ministro da Agricultura, Paolinelli ressalva que é preciso ter políticas públicas que consolidem essa retomada, com planos de apoio à produção que tenham regras claras e de longo prazo. “O governo precisa apoiar o produtor porque é o agronegócio que tem gerado a maior parte das riquezas no Brasil”, disse.

Outras culturas

Além da safra de 234.3 milhões de toneladas estimada pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o aumento da produtividade, da ordem de 21%, é outro fator relevante no incremento do VBP agrícola deste ano. As lavouras devem ter aumento de 11,3% em valor, totalizando R$ 376.3 bilhões, com valor bruto das principais lavouras estimado em 69%.

De acordo com o coordenador-geral de Estudos e Análises do Mapa, José Garcia Gasques, a maior parte das lavouras tem apresentado desempenho melhor do que em 2016. Preços e maior produção são os principais responsáveis por isso.

 

Fonte: Agência Abramilho de Notícias/Agrolink

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp